Intimidade é um dar-se sem esforço.
Você sente, age, fala e ouve de maneira única e inteira.
Tudo que é entregue à você foi dado sem filtros, sem a necessidade de “ajeitar” e deixar tudo bonitinho....
Intimidade é uma alma se mostrando a outra alma, também impura e cheia de detalhes.
É a verdade sem melindres, é a coragem sem um pingo de receio.
Intimidade é algo que poucos conseguem ter porque raramente as pessoas se mostram, ou não se mostram ou mostram uma pequena parte, ou seja, aquela que dá mais ibope, mas que obviamente tira toda a sua humanidade.
Todos nós um dia, em algum momento ou período se desconstruiu.
Em busca de novas experiências, novos conceitos, novas pessoas e relacionamentos.
E isso nos coloca em um outro patamar, o de saber distinguir onde nos encaixamos neste mundo.
O que serve e o que não nos serve.
O que de fato buscamos sem ser piegas.
Quando abrimos nossa intimidade para alguém, é como se entregássemos o que há de mais puro e sagrado em nós.
Nem todos farão.
Continuarão a ocultar, sem entrega, permanecendo na margem, bem no raso...
E depois de um tempo de relacionamento se sentirão vazios sem saber porque razão, simples, porque somente existiu a margem, não houve mergulho!
No decorrer do período quase nunca se expõe, pois vão se alimentando de suas hipocrisias diárias, das futilidades e do que vai surgindo sem conteúdo.
Intimidade é algo que se tem somente com poucos, até porque nem todos compreenderão seus motivos e necessidades.
É um tesouro de acesso limitado.
É algo que não se julga.
Você não precisa necessariamente compreender, apenas saber que foi especial o bastante para chegar a um lugar que ninguém antes visitou.
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