maio 30, 2020

Eu me lembro como se fosse hoje quando tudo começou (em Viracopos) e eu me lembro quando tudo terminou, numa segunda-feira foi nosso último abraço.

E te agradeço por ter colocado este ponto final, mesmo que eu tenha passado por grandes sofrimentos.

Não fosse isso, talvez eu estivesse tentando até hoje...

Durante estes quase três meses eu conheci uma outra pessoa, porque é nas contrariedades que conhecemos as pessoas, então conhecemos tanto eu quanto você nosso lado mais escuro.

Passadas as devidas mágoas, a vida agora começa a caminhar novamente.

Você no caminho que escolheu e eu no que aceitei.

Neste novo caminho espero que você se encontre.

No caminho que eu aceitei, conheci alguém com mais idade. Nosso diálogo é fluido, me sinto tranquila e admirada por ser eu mesma. E sermos aceitos é um dos grandes prazeres da vida, porque ela segue leve, sem grandes problemáticas.

Respeitamos nossos tempos e disposição, temos respeito e consideração pelo outro.

Acredito que se nada der certo, seremos bons amigos e bons conversadores. Não gostamos da mesma uva, mas é um detalhe que já conversamos e podemos aceitar.

Nossas regras são claras, palpáveis e possíveis.

Ele me admira sem me endeusar, o que me deixa mais confortável diante de tantos defeitos que tenho.

Somos seres que agem dentro de alguma coerência, não há sofrimentos e nem ansiedade em relação à nada.

Portanto eu te agradeço mesmo.

Eu não conseguia mais viver daquela maneira tão estranha, tão diferente do que considero amor.

Hoje compreendo que este pé na bunda foi um empurrão para uma vida na qual eu já vinha buscando.

Obrigada por tudo e também por essa.


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 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.