fevereiro 10, 2021

Sobre a minha escrita terapêutica, de tantos e tantos anos, me leio fragmentada.

Voltei no tempo. Eu já não me recordava de nada que doesse.
 
Cheguei na neutralidade da vida.

Fez sol? Está ótimo.

Está chovendo? Está ótimo também.

Ouvi recentemente um: “você sempre de bom astral”. Sorri sem entender, se no modo automático estou de bom astral, como ficarei quando estiver no meu normal?

Recuperar prazer é uma certificação de leveza.

Olhar para os mesmos lugares, as mesmas pessoas e conseguir ver algo novo.

Ter novamente vontade de sair sem rumo, sem horário, sem regras e apenas ir.

Se entregar ao “acaso”, sair do controle, ouvir histórias e depois ter várias para contar.

Envolver e deixar-se levar também em diálogos consistentes, inteligentes e principalmente suaves.

Sem o peso de coisas mal resolvidas e frases não concluídas.

Foi como eu te disse Alessandro, eu sou estimulada vinte e quatro horas por dia.

Testam meus conhecimentos, minha capacidade, meus valores e minha paciência.

Acumulo recursos para os meus sonhos.

Adquiro experiência sem tê-las vivido.

Não julgo pois não tenho como saber toda a história, e quando sei parte dela, procuro deixá-la a mais colorida de todas.

Me falam mais do que eu gostaria de ouvir.

Mas eu ouço. E às vezes, finjo que ouço.

Sorrio muito.

Compreendo o suficiente para fazer conexões sustentáveis e respeitosas.

Encontro um sentido em toda essa miscelânea.

Gasto mais energia do que possuo. 

Minha amigdalite grita.

Mas apenas engulo. Durmo e me refaço.

Mais um dia desafiador.

Mais uma semana.

Tenho pressa. Trabalho muito. Porém o que mais tenho feito nos intervalos é viver muito cada segundo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.