Voltei no tempo. Eu já não me recordava de nada que doesse.
Cheguei na neutralidade da vida.
Fez sol? Está ótimo.
Está chovendo? Está ótimo também.
Ouvi recentemente um: “você sempre de bom astral”. Sorri sem entender, se no modo automático estou de bom astral, como ficarei quando estiver no meu normal?
Recuperar prazer é uma certificação de leveza.
Olhar para os mesmos lugares, as mesmas pessoas e conseguir ver algo novo.
Ter novamente vontade de sair sem rumo, sem horário, sem regras e apenas ir.
Se entregar ao “acaso”, sair do controle, ouvir histórias e depois ter várias para contar.
Envolver e deixar-se levar também em diálogos consistentes, inteligentes e principalmente suaves.
Sem o peso de coisas mal resolvidas e frases não concluídas.
Foi como eu te disse Alessandro, eu sou estimulada vinte e quatro horas por dia.
Testam meus conhecimentos, minha capacidade, meus valores e minha paciência.
Acumulo recursos para os meus sonhos.
Adquiro experiência sem tê-las vivido.
Não julgo pois não tenho como saber toda a história, e quando sei parte dela, procuro deixá-la a mais colorida de todas.
Me falam mais do que eu gostaria de ouvir.
Mas eu ouço. E às vezes, finjo que ouço.
Sorrio muito.
Compreendo o suficiente para fazer conexões sustentáveis e respeitosas.
Encontro um sentido em toda essa miscelânea.
Gasto mais energia do que possuo.
Minha amigdalite grita.
Mas apenas engulo. Durmo e me refaço.
Mais um dia desafiador.
Mais uma semana.
Tenho pressa. Trabalho muito. Porém o que mais tenho feito nos intervalos é viver muito cada segundo.
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