julho 02, 2020

Respeite este espaço como um templo

Esse lugar já existia.

Existia muito tempo antes de você chegar...

Por aqui, sempre escrevi para compreender partes de mim, partes que me deixaram e que também deixei ir.

Sempre aprendi com tudo e com todos.

Isso faz parte de processos terapêuticos. Uns bebem. Outros se drogam. Outros compram. Eu apenas escrevo.

Vou desentulhando a vida, os sentimentos e também meu coração.

Este que sempre vibrou na frequência das coisas mais significativas, mais bonitas e também mais suaves.

Minha intensidade nunca foi sinônimo de agressividade.

Virei madrugadas vendo as palavras brotarem e hoje sinto prazer em reler, me remete exatamente ao momento, eu me imagino lendo daqui 10, 20 anos, rindo, com uma taça de vinho na mão.

Lá com certeza, assim como hoje, sei exatamente qual é o tema da minha vida. E independente de estar alguém ou não, fica sempre a certeza da lealdade que tenho comigo mesma.

Do orgulho que tenho da minha história cheia de tantas superações.

Da pessoa que me tornei e do quanto ainda trabalho para meu autodesenvolvimento.

Gosto de olhar para trás apenas para me certificar do quanto mudei.

Leio meus posts de 2010 e um sorriso espontâneo se abre com a confirmação de que estou onde sempre quis estar.

Em lugar de paz, cercada de gente da mais alta qualidade, cheia de muita gratidão e amor.

Meus passos são firmes, eles inclusive guiam e inspiram outras pessoas.

Minha cria reflete exatamente tudo o que um dia eu quis passar, meus valores.

Esse momento por mais difícil que seja, não me assusta e nem me deprime.

Aprendi no decorrer do tempo que recebemos exatamente aquilo que merecemos e a paz que isso traz é o maior benefício da maturidade.

Portanto meu ex querido, respeite a minha história.

Se não foi possível respeitar a nossa, que ao menos respeite este espaço como um templo.


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 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.