julho 26, 2020

Sem arestas para aparar.

Sem gastar energia com bobagens.

Sem perder o tempo que é tão precioso.

Sem devaneios e ilusões.

Seguimos sem pesos e sem regras.

Somos quem somos sem a mínima necessidade de excessos.

A felicidade está na verdade que não nos julga, nem precisa ser oculta.

Mas palavras que saem sem encontrar censura ou crítica.

Somos mar.

Imensos, profundos e impermanentes.




Me conforto no meu abraço, no seu, no nosso...

Me dou o que preciso.

Me abasteço de segurança.

Me encho de autoamor.

É só assim que consigo transpor o que foi para realizar o que preciso fazer.
Sim, já me falaram que o cheiro da minha pele é bom.

Já me disseram que eu sou especial, maravilhosa, incrível, inteligente, sensacional...

Eu já ouvi muito tudo isso.

Já me falaram que sou gostosa, que sou um mulherão, nossa você não tem ideia do tanto de coisas que já ouvi.

Alguns quiseram me impressionar.

Outros exageraram.

Outros mentiram.

E teve também os de momento, que acharam conveniente dizer algo bonito.

Eu só te digo uma coisa, eu nunca dei muito ouvido, eu observo as ações.

Eu sinto cada movimento.

E a bússola que me guia chama-se intuição.

Todo homem quando mente chama a mulher de louca.

Mas loucura mesmo é fingir que não entende os sinais que as pessoas dão.

Falar é prata.

Fazer é ouro.


Mais self e menos selfie.

Eu escrevo e você me lê.

Você canta e eu te ouço.

E nós vivemos.

Tão atual, mas é de 24.11.2012!

E para você que chega aqui...
Sem bater, sem pedir licença...
Tenha respeito por minhas palavras!
Não julgue.
A interpretação é única e exclusivamente minha.
Nem sempre o que escrevo é o que vivi, nem sempre o que vivi escrevo.
Eu me sinto cada vez mais Dona da minha própria vida.

Dona de mim, sem atravessadores.

Dona do meu tempo.

Dona do meu corpo.

Dona do meu nariz.

Dona do que construí.

Dona de si.

Dona do meu trajeto.

Dona dos meus pensamentos, dos meus atos, do meu caminho...

Dona de uma vontade imensa de acertar, de fazer acontecer, de aprender tudo que ainda não foi aprendido, de ensinar, de brilhar...

Dona de um coração hoje mais frio que uma geleira, mas que pulsa, que corre sangue, que acelera e desacelera na medida da minha intuição.

Dona do eu quiser ser e fazer.

Dona de uma alma leve, que ri ao menor sinal de insensatez.

Dona do meu espaço, dos meus limites, das minhas censuras e da minha liberdade.

Dona do meu mundo.

Dona de uma vida cheia de bons motivos para cantar, brindar, comer, celebrar...

Dona de uma capacidade incrível de dar e receber prazer.

De afetos e desafetos em menor proporção.

Dona de tudo que eu quiser e puder e de quem possa também.

Sou dirigente de mim.
Eu vivia me equilibrando entre os extremos.

O oito e oitenta, o doce e o salgado, o frio e o quente, o certo e o errado.

Obrigada por me ensinar que entre o sim e o não existe  o: “pode ser”, “talvez”, “quem sabe”...

Chorei contando como estou. No emaranhado de coisas e situações, me rendi. A pergunta que desencadeou tudo foi: “como você está?” Nem eu qui...