junho 07, 2020

“Onde não puderes amar, não te demores” (Frida Kahlo)

Guarde esta frase para toda sua vida e volte aqui para consultar, se houver necessidade.

Porque este dia irá te lembrar o quanto é escuro, apertado e frio o lugar onde não se pode amar.

E te relembro, amar no sentido mais amplo, não necessariamente o amor de um casal.

Não se pode amar sendo podada.

Não se pode amar sendo controlada.

Não se pode amar sendo invisível.

Não se pode amar aquele que não sabe amar.

Porque novamente você irá se ferir, irá sangrar e novamente terá que curar suas próprias feridas.

Portanto, ame quem te amar.

Ame quem não te aprisionar.

Ame quem sabiamente respeita você, sua história e a que vocês construirão.

Não se perca mais em quem está perdido.

Ame grandiosamente como sempre fez, mas só permaneça em lugares confortáveis e cheios de afeto, é neste lugar que você merece estar.
Sempre foi mais fácil vomitar tudo em cima dos outros do que assumir nossos próprios erros.

Bendito sejam aqueles que nos apontam as falhas para que possamos ter o benefício do aprimoramento.
Eu sempre fui assim.

Prefiro ser clara.

Não aceito a hipocrisia imposta. Não me peça para fazer parte dela.

Um comentário “às claras” é mais ofensivo que palavras em segredo.

Que valores são estes? 

As pessoas se acostumam a mentir tanto para si mesmos, que tudo parece normal.

Normal para mim é a gente poder ser quem a gente é.

Sem ferir ninguém, mas sem deixar que nos machuque.

Sem desrespeitar ninguém, mas não se desrespeitando.

Os discursos mudam, quando o jogo muda.

Eu gostaria de ter sido tão “poupada” quando estava do outro lado.

Mas talvez seja esse o “tempero” da coisa. Mostrar-se desejado por várias mulheres.

Para mim isso não me atrai em nada, pelo contrário.

Não admiro pessoas assim, mas um dia pensei que comigo fosse diferente.

As pessoas não mudam e ainda conseguem inventar versões piores que é para a gente se surpreender de verdade!
Não quero fazer parte dos segredos de ninguém.

E durante o período que fui, digo com toda propriedade, foi o pior período da minha vida.

Valeu a experiência de nunca mais me apertar em lugares que não me caibam.
Nunca precisei mostrar peitos, pernas ou o que quer que seja para mostrar meu valor.

Aliás acho que quem muito mostra, no fundo é bastante insegura(o) a respeito de seu próprio valor e da sua imagem.

Imagem...Vendem a imagem! Vendem a alma! Se vendem!

Eu sempre fui bem mais além nesses quesitos. Quero conhecer o que os olhos não vêem.

Presto atenção no que está por trás de alguns comportamentos...

Comportamentos revelam mesmo que não se diga uma palavra.

De 100% do que falei, 100% se concretizou.

Até porque não julgo, mas observar, isso faço e muito! E foi o que me trouxe expertise nesse aspecto, embora algumas coisas são óbvias demais. Mas esse é outro aspecto em que sou diferente, muitas coisas que são óbvias passam desapercebidas, mas não para mim.

Por isso às vezes recebo o título de “especial”.

Embora eu não me considere e nem leve muito a sério esse título.

Prefiro que me valorizem pelo que sou, inclusive com todos os meus defeitos, eles me colocam em um patamar de mais humana e portanto mais acessível, como todos deveriam ser.

Por saber do meu valor, não me permito mais qualquer tipo de inferioridade à minha pessoa, seja em que contexto for.

Se não posso ser eu, se não posso me expressar, se não posso “aparecer”, não posso também estar nos bastidores da vida de quem quer que seja.

Não precisa me jogar holofote, mas na sombra não fico mais.

Sou maior que isso, por muitas e outras, mas principalmente por não precisar ter vergonha de quem sou.










Domingo

É domingo de novo.

Como sempre sou lenta de manhã.Faz sol. Céu azul. Abro as cortinas, as janelas, coloco uma música que me remete a esta cena, porque com certeza vou me lembrar dela um dia.

Tem coisas gostosas para o café da manhã. A pia enche. As almofadas saem do lugar. Há vida!

Gosto assim, das coisas no lugar e depois fora de seus lugares.

Não há pressa. Não há ansiedade em apressar nada. Não é preciso registrar nada, mas por força do hábito, já o fiz. Porém, desnecessário.

Para onde vamos? Não sei.

Nem você sabe. Mas de qualquer maneira, estamos seguindo e é isso que importa.

Ninguém precisa impressionar ninguém. Nem paparicar. Nem potencializar nada. Há apenas o cuidado de se respeitar as feridas do outro e não ser mais uma.

Sempre deve existir alguma delicadeza mediante alguém ferido.





junho 04, 2020

Com você fui mansa, louca, loba, boba, menina, mulher, tonta...

Fui tudo que queria ser e o que jamais imaginei.

Fui amante, fui amada e abandonada.

Fui segura, insegura, fui feliz até onde nunca pensei ser, de maneiras variadas e sem qualquer resistência.

Fui muitas e todas que antes eram parte apenas das minhas fantasias.

Hoje sou a soma delas todas.

Com cuidado e parcimônia.

Nem tanto ao céu e nem tanto ao mar.

Meus pés estão colados no chão e é neste lugar que irão ficar pelo menos por enquanto.

Eu nunca me preocupei, sempre acreditei que não existiria mais ninguém depois de você.

Eu me enganei.

E agora estou me adaptando e conhecendo esta versão que me tornei.

Esta que me tornei desde o dia em que você me tirou para sempre da sua vida.

Chorei contando como estou. No emaranhado de coisas e situações, me rendi. A pergunta que desencadeou tudo foi: “como você está?” Nem eu qui...