junho 20, 2022

 Interessava-lhe inteirezas.

 Fracionou a vida em partes e a elas todas foi dando a devida atenção.

 Queria ser mais do que um dia já foi.

 Um amigo lhe disse: querer muito as vezes atrapalha, nos gera  frustrações.

 Mas não, nada dela era exagerado.

 Voltou para o chão. Ponderava gestos e palavras.

 Nunca foi de abrir muito a vida. O que era escancarada era a alegria.

  No dia em que roubaram-lhe o riso, ela se calou.

  E depurou tudo.

  Até então, nada a havia decepcionado tanto.

  Hoje, cuida das expectativas para não adoecer.

  Tornou-se o centro da sua existência, com ego controlado.

  Não quer perder o que ainda sobrou-lhe de humanidade.

  Sonha com mais.

  São sempre grandes sonhos.

  Disseram-lhe também: você quer tudo!

  Não sabem que esse tudo que contei, é apenas uma pequena parte!

 

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 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.