A gente nunca programa nada.
Nossa vida já é corrida o bastante para correr também quando não se tem necessidade.
Eu vou me equilibrando entre o que fui, mas não sou mais.
E onde quero chegar, mas ainda não cheguei.
Resta o caminho. Resta viver. Resta ter paciência como me diz do doctor.
Esse lugar em que estou às vezes desconfortável, mas sem volta, me deixa um pouquinho ansiosa.
Mas eu vou aprendendo com cada gesto.
Eu vou ouvindo: “…mas você não quer? Então espere um pouco…”
Eu vou observando.
É um filme que assistimos, eu durmo uma parte, mas ainda assim falamos sobre depois.
É uma atitude para que eu descanse. Para que eu não me preocupe tanto. Para que eu consiga atingir a leveza que quero.
É o respeito com o meu tempo.
É uma presença inquestionável de se estar presente.
Por tudo que não programamos e por tudo que temos vivido, eu te agradeço o grande aprendizado.
Eu me vejo vivendo contrários com a mesma naturalidade.
Eu me vejo sendo eu mesma durante todo tempo.
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