janeiro 02, 2019

As verdades que contamos a nós mesmos, são também aquelas em que gostaríamos que fosse realidade.
É mais fácil e confortável o auto engano, pois o confronto nos fere e automaticamente também fere o outro.
Mas se é a verdade que busco, não deveria ser eu o primeiro a expô-la?
E como dói dizer e também ouvir algumas verdades...
Porque o que a gente quer sempre é um caminho tranquilo, sem grandes mudanças, sem grandes conflitos, mas esses caminhos nem sempre estão alinhados aos nosso querer.
Querer sem culpa o que merecemos, querer sem medo o que sonhamos um dia, querer sem medidas e receber sem restrições.

dezembro 31, 2018

2018- o ano em que sobrevivi a mim mesma

O ano em que sobrevivi, foi sem dúvida nenhuma o ano em que mais sofri na vida.
Mas também foi um ano em que voltei para o patamar dos humanos e me tirou do lugar de heroína, salvadora da pátria, de mulher assertiva, bem resolvida e feliz.
O que me fez mais humilde, menos positiva e mais pé no chão.
Voltei a ter um olhar mais cético e racional. Isso é bom ou ruim? Ainda é cedo para avaliar.
Deixo hoje todo esse lixo que me despejaram para trás.
A faxina segue forte, isso inclui coisas e pessoas.
Chega de insistir nos erros, chega de não enxergar os sinais, chega de querer o mundo ideal...
As coisa são como são e as pessoas são o que elas escolhem ser.
Eu escolho me curar.
Escolho me dar colo e ser paciente comigo quando precisar, tanto quanto sou com as pessoas que eu amo.
Eu escolho me amar mais, muito e sempre, para que eu não aceite nada menos do que mereço.
Eu escolho confiar totalmente na minha intuição e não menosprezar o que vem de dentro, pois a coisa mais comum nos tempos atuais é gente dissimulada.
Escolho sorrir mais, mesmo que sem muito entusiasmo.
Escolho ser sempre eu mesma, com minhas dores e delícias.
Escolho não abrir mão dos meus sonhos e anseios, por quem quer que seja.
Escolho uma vida mais equilibrada, sem tanta emoção, mas com uma dose calculada de decepção.
Porque decepção este ano bateu todos os anos anteriores.
Me perdoo por todas as dúvidas que tive, elas me fizeram entender que eu tinha certezas demais.
Me perdoo por me tratar de maneira tão negligente e por me perder...
Meu maior desafio para o próximo ano será me reencontrar.

Tenho ouvido tudo isso que normalmente as pessoas dizem...
"Nada é por acaso", "tudo é aprendizado", "que bom que passou", "vai dar tudo certo".
Mas isso tudo me cansa, já não bastasse o cansaço das coisas, ando cansada das pessoas.
Não sinto sinceridade e consistência, pelo menos não como eu gostaria e espero.
Eu acredito que a sinceridade evita a perda de tempo e também evita da gente se sentir idiota, porque pelo menos à isso deveríamos poder escolher, fazer ou não papel de idiota.

dezembro 22, 2018

tudo que foi e o que realmente é...

De tudo que foi, nada ficou.
A gente às vezes insiste no que não deveria pela confusão e caos em que nos encontramos.
Eu não tenho outra explicação para nós dois, dois diferentes tentando ser iguais.
Insisto em dizer, nada restou.
Não é uma justificativa, é uma certeza,
Não é uma desculpa, é fato.
Não é querer ser mais, mas saber que nada significou.
Fingimos ser quem não somos, sorrindo para amenizar a dor de não estar presente, pelo menos não como poderia ter sido.
Amei mais do que deveria, por dó, por tentar viver algo bonito, que nunca foi e nem nunca será.
Me doei menos do que gostaria, mas hoje vejo que foi mais do que o suficiente para que você tivesse a certeza do erro que foi me escolher.
Não sinto por nada.
O tempo passou cheio de mudanças, cheio de dúvidas e desconfortos.
Amor é alegria no encontro, entrega sem reticências, palavras sem filtro...
Amor é algo raro.
Amor é presença mesmo à distância.  

outubro 28, 2018

Acho que uma das coisas que a gente tem a obrigação de fazer pela gente é descobrir quem realmente se é e o que você merece.
A gente passa a vida em busca das respostas, que geralmente vem de fora, quando o correto no meu entendimento seria vir de dentro.
Nos envolvemos com os dramas alheios como se eles fossem nossos.
Nos sensibilizamos por suas dores e dissabores.
Oferecemos sem resistência o amor que deveríamos nos dar todos os dias, gentil e abundantemente.
Entramos em relacionamentos com motivo para o possível término, ou vamos embora porque as coisas complicam.
Sem se dar conta de que é nas complicações que o amor surge.
Por isso a importância de ficar por perto mesmo que em silêncio.
Acho que muitas coisas não vão para frente por causa da desistência e do abandono.
A gente precisa aprender a não dizer adeus tão depressa, porque as coisas mudam, eu mesma mudo todos os dias...
O que a gente precisa é ter coragem o suficiente para desbravar a natureza um do outro, como fazemos ao viajar para um lugar desconhecido.
A graça e a recompensa da dificuldade é isso, quando os dois se fortalecem e juntos seguem em uma mesma direção, companheiros...
A gente tem que deixar o amor correr solto, feito criança, pois quem sabe assim ele volte do jeito certo, sem pedir, autêntico, livre e espontâneo.

outubro 27, 2018

Sobre o que e quem me importa...


Tudo que me importa é sempre muito.
Não sei dividir atenções, afetos e tempo.
Acho que quem divide muito acaba não se doando por inteiro, e partes, elas não me interessam mais.
Sempre quis alguém com mais maturidade que eu, pois muitas vezes eu me perco no meu mundo cheio de imaginação.
Sempre quis alguém que provocasse em mim as melhores emoções, as mais positivas e altruístas, as mais leves...
Sempre quis mais da vida e sentia que ela também queria de mim.
Continuo intensa, mas hoje me tornei menos exigente.
Abri mão das lutas e das certezas.
Não quero insistir tanto, não quero ter que provar que estou certa, quero apenas sentir que alguém se importa, tanto quanto eu.

agosto 03, 2018

Sobre as coisas que aprendi com as diferenças...

As diferenças nos torna mais humanos.
Se os iguais nos deixa confortável, o diferente nos faz repensar comportamentos.
Se os iguais concordam com tudo, os diferentes te obrigam a buscar e tentar novas possibilidades.


 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.