Escolho minhas parcerias com critério.
Se sou a média das cinco pessoas que mais convivo, quero que estas sejam incríveis.
Hoje eu não senti o peso nos meus ombros.
Eu fui resolvendo uma coisa de cada vez.
Hoje eu não vi caras e bocas.
Me concentrei mais em tudo de bom que me cerca.
Hoje eu não respondi e-mails.
Hoje eu não ouvi podcasts.
Fiz tudo com calma, mas com prioridade.
Não me contaminei com os ânimos alheios.
Hoje eu desejei que o dia acabasse bem e foi exatamente o que aconteceu.
A sensação de liberdade, o vento no rosto, o coração pulsante…
Eu não me lembrava mais desta sensação.
Desde o acidente eu nunca mais pensei em nada que não fosse seguro.
No carro as vezes abro os dois vidros da frente, o que me desarranja os cabelos e o vento me lembra como é bom tudo desarrumado também.
Fiz o sinal da cruz, me ajeitei e segurei forte.
A vida assim como a estrada, não tem garantias.
Voltei diferente.
Quando o amor a que me dedico transborda, me aconchego em meus próprios braços.
Balanço a minha rede.
Nino a mim mesma e embalo meus sonhos.
Há generosidade nas minhas palavras e nos meus gestos.
Me abraço, sem apertar.
Acaricio meu rosto com a ternura que mereço.
Cuido do que comer e vestir.
Me apresento para a vida e sorrio.
E ela então, se apaixona por mim.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.