Eu nunca quis pouco.
Talvez esse seja o motivo da vida me ser tão generosa.
A sensação de liberdade, o vento no rosto, o coração pulsante…
Eu não me lembrava mais desta sensação.
Desde o acidente eu nunca mais pensei em nada que não fosse seguro.
No carro as vezes abro os dois vidros da frente, o que me desarranja os cabelos e o vento me lembra como é bom tudo desarrumado também.
Fiz o sinal da cruz, me ajeitei e segurei forte.
A vida assim como a estrada, não tem garantias.
Voltei diferente.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.