fevereiro 24, 2021

 As palavras me encontram sempre.

 Por mais que eu não queira.

 Por mais que o tempo me consuma.

 Elas simplesmente chegam e se acomodam. 

 Já passamos por muitas fases. 

 Mas elas me resgatam dos meus silêncios.

 Palavras estão em todo canto. Nos muros, nos corpos e na minha mente.

 Esvazio e me refaço.

 Do que não me curo, elas me libertam.

 Do que não escrevo, elas me sufocam.

 Do que chega, solto-as.

 

fevereiro 22, 2021

A humanização gera resultados

 Precisei relembrar tudo de novo hoje.

 De 1995 à 2019, mas de uma maneira simples, humanizada e nada, nada afetada.

 Me passou um filme pela cabeça, ano por ano, algumas lembranças permanecem vivas dentro de mim.

 Exemplos do que ser e do que não ser.

 Sou bem diferente do modelo criado. Onde desfilam grifes, viagens, poses e protocolos.

  Eu vou no cerne da questão. Acho que não cabem mais estes modelos ultrapassados, onde muito se ostenta, onde as vaidades desfilam, onde há excesso de glamour e falta de humanidade.

  Lições que trago da vida e que aplico no meio corporativo.

  Quando falamos em relacionamentos, sejam eles de que natureza for, o que todo mundo quer é ser bem tratado.

  E isso é ponto comum, não se discute.

  Quero mais do que um cargo me oferece. 

  Quero ter a experiência e oferecer também.

Essência

 Na essência humana não precisamos de nada além daqueles que amamos e nos amam com a alma entregue.

Como é simples e gostosa a companhia do aconchego.

O conforto sem esforços.

O sentir-se amada e bem vinda.

Como é bom estar entre afetos.

Vejo tanto querer bem em forma de gentilezas.

Oferecer a cada um algo de seu agrado.

Somos sobreviventes e também vencedores deste núcleo. 

Cheio de histórias, de vivência, de olhares sobre o mesmo episódio.

Gosto de saber mais sobre um tempo que já não me lembro, ele diz muito sobre a pessoa que me tornei.

Minha ferida de abandono, tem suas causas.

E ter conhecimento disso me faz compreender alguns dos meus desafios.



fevereiro 18, 2021

 E qual é o mal em sempre querer mais? 

 Uma ansiedade mascarada com a pressa ou a pressa mascarada de ansiedade?

  Que mal há em querer e querer cada vez mais?

  Não compare.

  Sou forte, sou frágil, sou sensível e mais muitas coisas e muitas mulheres.

  E algumas vezes me descuido. 

  E depois volto a me cuidar de novo.

  No meio das ocupações, dos papéis e personagens, no meio dos vínculos, dos assuntos e também da falta deles, quem é esta mulher e a quem me refiro? 

  Entre solicitações e atendimentos.

  Entre o falar e o calar.

  Entre o riso fácil e nervoso, que fica ali, bem próximo de um nó na garganta e uma lágrima rolando.

  Entre as certezas quase que absolutas e um medo de errar.

  Entre tantas, qual a sua mulher preferida? 

  Aquela que teme e a que vai.

  A que vai na chuva e no sol.

  A que fica entediada e a que se sobrecarrega.

  Qual é a sua preferida?

  A que morre na praia ou a que morre depois de beber o mar? 

  

  

  

  

 Eu não me canso da vida e nem ela se cansa de mim.

Cris, por favor, olhe-se mais no espelho!

Um cansaço.

Melhor resumir: estou cansada.

Do que tento explicar, do que tento descobrir os porquês, apenas repeti: estou cansada.

Gosto de não explicar tanto. As muitas perguntas me cansam também!

Mas compartilhar é também se livrar de alguns pesos.

Com o tempo fui aprendendo a comunicar ou não os meus desconfortos.

Sensibilidade demais.

Percepções demasiadamente assertivas e previsões certeiras.

Sou boa em conexões.

Não porque desenvolvi uma habilidade, mas porque finalmente descobri o que chamavam de especial.

Nunca consegui compreender o que havia de tão especial.

E então você me coloca na frente de um espelho de dois metros por um e diz: olhe-se.

E foi aí que me dei conta de quem sou.

Sempre anota as coisas? Sempre! Desde sempre! 

E então começamos a compreender o que se esconde por trás do cansaço.

E fomos dando nome aos bois. 

Olhe-se no espelho de novo.

E lá fui eu de novo, ainda estranhamente desconfiada, fiquei um tempo maior e olhei tudo, cada milímetro, como uma grande novidade.

Insights.

Lembranças.

Pessoas.

Olhe-se mais um pouco.

O caminho.

As crenças.

A falta total de paciência.

E pela última vez você repetiu: olhe-se!

E então eu respirei bem fundo, já impaciente e ansiosa pela sua resposta. Afinal de contas, você já sabe me ler.

“Cris, por favor, olhe-se mais no espelho!”





 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.