fevereiro 11, 2020

Como eu era e como era minha vida antes de você

Hoje eu estava pensando em como era a minha vida antes de você.

Eu estava bem, feliz por nada, cheia de planos, de sonhos, mas eu jamais imaginei que estaria onde estou hoje.

E foi passando um filme na minha cabeça...

De nós dois eu não esperava nada, expectativa zero, planos zero, enfim, era uma possibilidade tão remota que chegava a ser engraçado.

E às vezes eu penso que melhor seria ter ficado no campo da superficialidade.

Mas eu não consegui, embora te confesso, eu tentei...

Eu tentei me afastar por muitas e muitas vezes, essa coisa de amar sempre foi algo muito confuso pra mim, sempre levei com pé no chão, com controle, sempre fui mais do fazer do que do sentir, porque eu sempre senti muito, então durante um tempo eu resolvi ter controle sobre isso e não sentir nada.

Esqueci que cada história é única.

A nossa foi algo totalmente fora do que eu havia planejado para mim na minha nova vida perfeita, controlada, feliz e independente.

Me deixei levar por seus gestos e palavras tão significativos pra mim.

E me apaixonar era tudo que eu não queria e nem precisava naquele momento.

O tempo passou e a história também mudou. Eu fico olhando as nossas fotos e penso: "que homem é esse que a cada encontro está com uma barba diferente, o cabelo cortado de um jeito, um vinho diferente...".

Que homem é esse que bagunçou as minhas caixinhas todas organizadas por assunto, por cor e tamanho?

Que homem é esse que conseguiu descongelar meu coração e me fazer sentir , me colocando em contato direto com a minha essência que é puro amor?

Todas essas perguntas e outras tantas vieram como uma avalanche, principalmente antes de você vir, ou antes de eu ir, ou sob efeito de ocitocina.

Foi demais para mim. Como assim, uma mulher como eu, toda dona da situação, literalmente de quatro por esse sujeito estranho que nunca está do mesmo jeito, que sempre me surpreende, que me faz pensar mais do que eu deveria?

Foi muita coisa pra mim. Mudanças, a minha promoção, um novo momento de vida...

Agora me pego novamente arrumando as caixinhas, colocando as coisas no lugar, as emoções dentro de um certo controle, a vida está fluindo, a paz está voltando, tudo vai se ajeitando...

Eu sempre embarquei na sua, mesmo com medo, mesmo achando tudo muito louco, mesmo perdendo totalmente o controle.

E eu não me arrependo, porque sinceramente eu vivi.

Se viverei isso novamente? Acredito que não.

Não é para qualquer pessoa que a gente consegue se entregar em um nível tão profundo.

Agora eu só quero mesmo voltar a ser aquela de antes, ela está voltando, a que eu era antes de você...

Ela volta atualizada, em um outro cargo, com novos desafios...

Ela volta mais vivida, mais ferida, mais contida...

Ela volta melhor, para ela e para quem ela conviver.

Ela não será mais deusa, nem louca e muito menos feiticeira, mas volta a ser quem era e o que se tornou depois de você.





 

fevereiro 10, 2020

Sessão de terapia

Mesmo que você se atualize, continue buscando o que é importante para você.

Mesmo que você se canse, descanse e volte a fazer as coisas que são significativas para você.

Mesmo que seja bobagem para os outros, siga sendo a diferentona e faça o que é bom para você.

Seja quem você sempre quis ser, sozinha ou acompanhada.

As pessoas que amam você, estarão sempre com você, nos altos e baixos.

Porque elas entenderão que se você errou, você também pode acertar.

Se você fez algo que não as agradou, você tem um histórico de tudo que as fez sorrir.

E que acima de tudo você amou cada pessoa, você sempre foi intensa desde sempre.

Você teve que lidar com frustrações e as superou.

Você precisou se reconstruir e hoje está de pé.

Você tirou forças de onde não tinha para escrever uma nova história.

Então, se deu certo ou não, você tentou.

Aparecem uns fantasmas às vezes, mas assim como você fez com seus outros desafios, poderá fazer com este também.

Desculpas...

Desculpas são palavras que dizemos aos outros e para nós mesmos tentando nos convencer ou convencer alguém de alguma coisa.

Não há problema em não querer fazer determinadas coisas, a gente só precisa como adultos assumir nossas próprias decisões e não colocar a decisão nas mãos do outro.

Porque quando a gente quer algo, existe um movimento, não apenas devaneios.

Só que os movimentos dão trabalho, exigem da gente, causam algum desgaste, mas no final são extremamente compensadores.

Há quem queira pagar o preço, há quem não.

Durante um tempo eu também me dei algumas desculpas.

"Ele é mais novo que eu." Mas e daí se fui eu a escolhida...

"Eu não posso dar filhos à ele" Ué, podemos adotar...

"Tem a questão da distância." Nada que 3 horas não resolvam...

Eu fui vendo que ao longo do tempo todas as minhas "desculpas" foram tomando as devidas proporções, ou seja, a que eu dava à elas.

Tudo está em nós, digo e repito.

Nos falta a consciência de estar presente quando existe a presença, isso eu chamo de intensidade.

E para as minhas inseguranças, faltaram movimentos e sobraram desculpas.

O que tenho percebido ao longo dos anos é que devemos ter atitude perante a vida, é isso que ela espera de nós. Ela espera que a gente evolua, que a gente não repita os mesmos erros, mas se por acaso acontecer, que a gente tenha alguém que nos abrace e diga: "não tenha medo, estou com você"

É preciso empatia e compaixão para se colocar no lugar do outro.

É preciso amor no sentido mais amplo.

É preciso querer ser alguém melhor para si e para os outros.

É sair do lugar comum. É isso quando digo que desejo ser uma pessoa melhor.

Não é competir quem fere mais, mas se retirar no momento em que houver esta vontade.

É ser responsável afetivamente e contribuir para o bem estar emocional do outro.

Não cabem aí desculpas, cabem ações.

Desculpa é jogar para o outro o fato de não fazer algo.

Ação é fazer junto.

Desculpa é jogar a culpa para a próxima encarnação.

Ação é fazer o melhor HOJE.

Desculpa é fim.

Ação não é uma volta simplesmente, é um recomeço.

janeiro 14, 2020

Vou sentir sua falta...

Vou sentir  sua falta.
Do melhor que conseguimos ser um para o outro.
O carinho das palavras, a esperança de um dia ficarmos juntos, as gentilezas e o olhar sereno.
Nossa única aflição era a saudade.
Depois as coisas mudaram, uma desconfiança aqui, uma palavra torta ali, um tanto faz no ar...
Faltaram as palavras que eu queria ouvir e sobraram as incompreensões.
Eu vou sentir falta do tempo em que a intimidade era mais importante que um post.
Sentirei falta da sua mão na minha coxa  ao invés do celular.
E também vou sentir falta daquele olhar maroto que me olhava com atenção e nem se preocupava com os stories alheios.
Eu sentirei falta dos nossos momentos, os não compartilhados.
Nossa sintonia, nosso encostar de pele, nossos interesses em comum.
Eu vou sentir falta de tudo de bom que você trouxe para a minha vida e mesmo assim serei grata por tudo.
A gente já foi muito para agora ser tão pouco.
Eu já falei demais, sofri demais, tentei demais, senti demais...
Agora, eu só vou sentir a sua falta...
Vou sentir falta do meu bem, daquele que era um amigo com quem eu sempre podia contar e conversar.
Aquele com quem eu nunca me senti julgada.
Aquele para quem falei coisas nunca ditas.
E é por tudo isso que eu sinto e sentirei sua falta...

outubro 20, 2019

Vamos enfrentar a noite, a ansiedade e a insônia...
Como gente grande é só tomar um remedinho para esquecer de tudo.
Inclusive de mim.
Inclusive de você.
Inclusive de nós.

outubro 13, 2019

De volta pra casa...

Gosto de voltar aqui às vezes.
Para ver meus progressos e retrocessos.
Pois aconteceram muitas coisas boas, como previsto ou sonhado.
Mas também aconteceram coisas com as quais eu ainda não sei lidar.
Ando desacreditada.
O mundo não anda sendo um lugar fácil de estar, ou talvez eu precise de drogas mais fortes para novamente vê-lo bonito.
Isso inclui endorfina, meu Deus, quantas vezes eu caminhei por horas até a angústia passar.
Quantas vezes me apeguei à pessoas que não estavam muito afim de se apegar.
Quantas vezes eu ri por fora enquanto sangrava por dentro.
Seguindo...
Ora forte, ora sensível...
Fui em busca de alcançar meus objetivos e hoje sinto que não há mais a necessidade de provar nada para ninguém, nem mesmo pra mim.
Ando cansada de ter que explicar tanto, de sentir tanto, de querer fazer do modo certo depois de tantas coisas erradas.
Esse tal de amor é algo que ainda não consigo compreender ou viver na plenitude que gostaria, porque ele depende de dois.
A gente vai pintando as coisas na cabeça, querendo que tudo funcione, que haja alguma coerência, algum equilíbrio, mas como não sou perfeita acabo me atrapalhando no meio do todo.
Tenho me dedicado demais, como sempre fiz.
Me passa um filme na cabeça, não dá para não pensar no que passei para chegar aqui.
Tem muita estrada e alguma experiência.
Tem muito amor e um pouco de ingenuidade.
Tem sentimentos que nunca abri para ninguém.
Talvez a velha regra de não se importar ainda seja atual.
Talvez a mentira ou a omissão ainda sejam mais usadas que a verdade.
Talvez eu tenha que novamente rever os sonhos ou mesmo deixá-los adormecidos para que aconteçam em seu tempo e não no meu.
E soltar...
E deixar que a vida se encarregue de colocar as coisas no seu lugar.
Embora nos últimos tempos eu tenha amado feito uma adolescente, a mulher madura grita me chamando de volta.
O tempo nos faz crer muito mais na própria intuição e o coração embora ainda tenha muita força, necessita ficar um pouco de lado.
Aquela vontade de deixar que acessem as minhas profundidades por vezes se questiona se o melhor ainda é ficar no raso.
De alguma coisa as experiências devem servir, nem que seja para não permitir nos deixar ferir.

fevereiro 28, 2019

Eu sei que há amor entre nós, mas é preciso um pouco de cuidado.
Na sua cidade venta muito, não podemos deixar que isso leve embora os nossos desejos.
Na minha cidade faz muito frio, não podemos deixar que isso esfrie nossos corações.
Eu desejo pra nós que seja sempre sol, que seja sempre verão, que seja sempre quente e que haja sempre suor.

 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.