De gente e coisas baratas o mundo está cheio.
Eu busco o raro, o incomum, o autêntico...
Se não posso ter o verdadeiro não vou me contentar com cópias.
De gente e coisas baratas o mundo está cheio.
Eu busco o raro, o incomum, o autêntico...
Se não posso ter o verdadeiro não vou me contentar com cópias.
Sobre as verdades que eu sempre quis saber, não me interessam mais...
Porque eu haveria de querer saber de algo que você não fez questão de me contar?
Não compreendes que a graça está na intimidade?
Não compreendes que queria saber mesmo era de ti?
Não compreendes que amor é isso?
Não compreendes minha alma sempre tão despida para você?
Não.
Você realmente não compreendeu nada.
Posso ser muitas, mas só quando eu quiser.
Posso ser muito mais e também muito menos.
A questão é estar com alguém que entenda os meus limites.
Eu tinha muito medo de te perder e perdi.
Hoje sei que não há nada que se sustente com insegurança.
Eu tinha medo de ser mal interpretada e fui.
Hoje sei que tenho o direito sim de não ser assertiva sempre.
Eu tinha medo de amar e amei.
Hoje sei que o maior medo que eu sentia era o de não conseguir encontrar dentro de mim mesma esse amor que eu procurava em você.
Hoje sei o aprendizado desse relacionamento.
E agradeço tudo que ele trouxe para mim, as dores e as alegrias que foram muitas.
Permanecer ou não em sua vida.
Participar ou não dos seus sonhos.
Ter conexão ou não.
São detalhes que não dependem só de mim.
Ser vista como fraca não me preocupa, me preocupo mais com o peso que eu carregaria para outros relacionamentos, as mágoas acumuladas e não depuradas.
Hoje eu sei que superei tudo o que muitos carregam por uma vida toda.
A leveza é algo raro nas almas inquietas.
Mas hoje eu posso dizer que apesar de toda busca que insiste em me acompanhar, existe também uma confiança em algo muito maior que minhas próprias convicções.
Estas inclusive que o próprio destino faz questão de contrariar muitas vezes.
Nestas horas uma voz lá de dentro me fala manso: “apenas confie no fluxo”.
Não preciso mais de preencher nada, pois me sinto livre de angústias e vazios.
Não escrevo para ninguém. Eu escrevo para me entender.
Deixo correr os dedos ou a caneta.
Observo meus tempos e minha pontuação.
Livre das vaidades, não sinto a necessidade de atenção.
Quero circular e não ser notada.
Aprendi a observar, a ouvir e a me colocar quando necessário.
Cansei de argumentação, deixo isso para quando for realmente necessário.
A sofisticação para mim é uma casa silenciosa, florida, com adega cheia e gente interessante para conversar.
Você é aquele que me levanta de onde eu estiver para me colocar em um lugar de destaque.
É o que pergunta como estou e me direciona.
Está cansada? Vai descansar.
Está bem? Vamos passear.
Está com preguiça? Deixa eu cozinhar.
Você tem resposta para tudo e argumentos convincentes.
Será que o amor cresce a partir disso João?
Ou nós é que compramos aquelas fórmulas prontas cheias de toques de Manuel Carlos?
A diferença é não estamos no Leblon. Estamos no Tatuapé e no Belém.
Sua voz me centra, sem ser autoritária.
Gosto quando o diálogo nos alimenta a alma, quando o vinho encharca a boca e o que menos pensamos é em comer.
O que nos alimenta é cérebro.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.