outubro 30, 2020

Sobre raridade

De gente e coisas baratas o mundo está cheio.

Eu busco o raro, o incomum, o autêntico...

Se não posso ter o verdadeiro não vou me contentar com cópias.


outubro 29, 2020

Expressar-se é se despir ao outro.

É permitir o acesso dado a poucos, pois poucos realmente se importam.

Somente uma alma nua é capaz de fazer um corpo se entregar sem receio de ser maltratado.

outubro 25, 2020

 Sobre as verdades que eu sempre quis saber, não me interessam mais...

Porque eu haveria de querer saber de algo que você não fez questão de me contar? 

Não compreendes que a graça está na intimidade?

Não compreendes que queria saber mesmo era de ti?

Não compreendes que amor é isso?

Não compreendes minha alma sempre tão despida para você?

Não.

Você realmente não compreendeu nada.

outubro 15, 2020

E se o medo não for mais que um tempero para dar graça a sua história?

Quantas coisas você criou e conquistou, mas que lá atrás nunca considerou?

Nem tudo precisa ser com esforço, aliás as coisas podem ser leves como uma pluma se existe uma conexão entre você e Deus.


outubro 12, 2020

Sobre os meus limites

Posso ser muitas, mas só quando eu quiser.

Posso ser muito mais e também muito menos.

A questão é estar com alguém que entenda os meus limites.

outubro 11, 2020

Há algo que precisa ser investigado naqueles em que a insatisfação é constante.

A falta de presença.

Um passado que não passou.

A necessidade de se fazer notar por tudo e por todos.

Um vazio que raramente é preenchido.

O uso de palavras duras.

Um senso inexistente de autorresponsabilidade.

Falta de objetividade.

Quando me deparo com algumas situações que deveriam ser tão simples, me recolho e volto ao meu lugar de humanidade.

Essas pessoas precisam apenas ser ouvidas, acolhidas e amadas.


Nunca quis te incomodar, apenas te fazer pensar.

outubro 10, 2020

 O que em mim é tão especial que preciso exaltar o tempo todo?

Apenas confie no fluxo

 Eu tinha muito medo de te perder e perdi.

 Hoje sei que não há nada que se sustente com insegurança.

 Eu tinha medo de ser mal interpretada e fui.

 Hoje sei que tenho o direito sim de não ser assertiva sempre.

 Eu tinha medo de amar e amei.

 Hoje sei que o maior medo que eu sentia era o de  não conseguir encontrar dentro de mim mesma esse amor que eu procurava em você.

 Hoje sei o aprendizado desse relacionamento.

 E agradeço tudo que ele trouxe para mim, as dores e as alegrias que foram muitas.

 Permanecer ou não em sua vida.

 Participar ou não dos seus sonhos.

 Ter conexão ou não.

 São detalhes que não dependem só de mim.

 Ser vista como fraca não me preocupa, me preocupo mais com o peso que eu carregaria para outros relacionamentos, as mágoas acumuladas e não depuradas.

 Hoje eu sei que superei tudo o que muitos carregam por uma vida toda.

 A leveza é algo raro nas almas inquietas.

 Mas hoje eu posso dizer que apesar de toda busca que insiste em me acompanhar, existe também uma confiança em algo muito maior que minhas próprias convicções.

 Estas inclusive que o próprio destino faz questão de contrariar muitas vezes.

 Nestas horas uma voz lá de dentro me fala manso: “apenas confie no fluxo”.

  

outubro 07, 2020

 Não preciso mais de preencher nada, pois me sinto livre de angústias e vazios.

 Não escrevo para ninguém. Eu escrevo para me entender.

 Deixo correr os dedos ou a caneta.

 Observo meus tempos e minha pontuação.

 Livre das vaidades, não sinto a necessidade de atenção.

 Quero circular e não ser notada.

 Aprendi a observar, a ouvir e a me colocar quando necessário.

 Cansei de argumentação, deixo isso para quando for realmente necessário.

 A sofisticação para mim é uma casa silenciosa, florida, com adega cheia e gente interessante para conversar.



outubro 01, 2020

J

Você é aquele que me levanta de onde eu estiver para me colocar em um lugar de destaque.


É o que pergunta como estou e me direciona.


Está cansada? Vai descansar.


Está bem? Vamos passear.


Está com preguiça? Deixa eu cozinhar.


Você tem resposta para tudo e argumentos convincentes.


Será que o amor cresce a partir disso João?


Ou nós é que compramos aquelas fórmulas prontas cheias de toques de Manuel Carlos? 


A diferença é não estamos no Leblon. Estamos no Tatuapé e no Belém.


Sua voz me centra, sem ser autoritária.


 Gosto quando o diálogo nos alimenta a alma, quando o vinho encharca a boca e o que menos pensamos é em comer.


O que nos alimenta é cérebro.

 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.