Passado o verão, senti na pele a secura do outono e o frio tenebroso do inverno.
Foram dias longos e sombrios.
Inferno terreno, lugar que nunca havia visitado antes em um grau tão agressivo.
Doeu muito até o dia em que finalmente não doeu mais.
Me dei conta de que tratei da minha dor, quando não me afastei dela.
Eu simplesmente a senti e acolhi, dizendo: doa logo tudo que tiver que doer.
Quando dei por mim, já estava perto da minha estação preferida.
Onde há um calor ameno, cores, aromas e uma leveza sem igual.
Quando dei por mim, já havia compreendido o aprendizado das estações.
Aquilo que plantei com amor e verdade nunca morreu dentro de mim.
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