setembro 02, 2012

“Só agora eu sinto que as minhas asas eram maiores que as dele, e que ele se contentava com os ares baixos: eu queria grandes espaços, amplitudes azuis onde meus olhos pudessem se perder e meu corpo pudesse se espojar sem medo nenhum. Queria e quero — ainda. Voar junto com alguém, não sozinho. Mas todos me parecem tão fracos, tão assustados e incapazes de ir muito longe. Talvez eu me engane, e minhas asas sejam bem mais frágeis que meu ímpeto. Mas se forem como imagino, talvez esteja fadado à solidão.”  (Caio Fernando Abreu)



                                                             

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem sou eu na fila do pão

Fazia tempo que eu não chorava. E fazia bastante tempo que eu não me olhava sem pressa. Gosto de ficar sozinha às vezes para isso, para me s...