agosto 30, 2023

Parei.
Respirei.
Pedi um sorvete.
Era tudo diferente.
A sorveteria, os sabores e a parada.
Sentei do lado de fora.
Os aviões passavam.
Comecei a sentir um vento gelado.
Era final de tarde, final do dia.
Muito pistache.
Mais pistache.
Baunilha, damasco e castanha de caju.
Havia uma gente simpática por ali.
Adoro ver gente feliz.
O moço colocou mais sorvete do que deveria.
Fiquei por uns 30 minutos ali, olhando para o nada, sem pensar em nada.
Uma amiga me chama.
Fotos felizes, um presente que dei no verão passado, sorrisos.
Adoro ver minha amiga feliz.
Caminhei por um tempo.
Observei o bairro.
Pensei: eu gostaria de morar aqui.
No caminho um amigo manda uma mensagem.
Vamos começar a pensar em um novo projeto.
O objetivo era voltar para casa.
Passei no supermercado. 
Cantei baixinho, vi olhares de julgamento.
Eu agradeci por dentro.
Depois das 22 não respondi mais ninguém.
O bom de se estar em paz é saber que nada de fora tem tanto poder.
Adoro olhar no espelho e dizer: você está feliz!

agosto 28, 2023

 As minhas partidas sempre te abalam.

 E também nos modificam.

 Queria que compreendesse que ser livre me faz melhor.

 Me recicla.

 Me renova.

 Me fortalece.

 É assim desde que me conheço por gente.

 Desde sempre me acostumei com as distâncias, sempre tiro o melhor dela.

 Eu vou, mas eu volto.

agosto 24, 2023

 Da mesma maneira que sou afetuosa, aprendi a ser racional sem me sentir culpada.

 Posso ter o mais quente dos corações e também o mais gelado.

 Ajo no mesmo grau da reciprocidade.

 Sei dos meus sentimentos.

 Sei o que me alegra e o que me aborrece.

 E por saber, também sei ser autêntica.

E por ser autêntica não sustento versões artísticas.

Não sei elogiar se não for verdadeiro.

Portanto não espere meus aplausos sem merecimento.

Excessos de qualquer natureza me causam repulsa.

Quem necessita de muita atenção terá todas, menos a minha.

agosto 23, 2023

 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.