Tudo se acalma.
Tudo se ajeita.
Eu não tinha tanta certeza disso.
Mas você sempre tem um jeito de me centrar.
“Às vezes tudo o que precisamos é de um pouco de paciência, as coisas se resolvem com o tempo.”
Você não soube me amar.
Eu tinha muito para te dar.
Eu acreditei em coisas que a minha razão desacreditava.
Mas principalmente, eu acreditava em você.
Eu pensei que tudo seria transponível.
A diferença de cultura, de idade, a distância… de verdade, eu pensei.
Eu entreguei a você um amor que nem mesmo eu sabia que tinha.
Eu pensava em construção, fazia planos…
Hoje eu me conheço mais, faço mais por mim e menos pelos outros ( mas ainda assim, faço), me dôo na medida da reciprocidade.
Hoje eu amo mais leve e com menos intensidade.
Hoje eu dou as pessoas a oportunidade de ter a minha companhia quando eu quero.
A disponibilidade me tornou apenas mais uma na sua vida.
Hoje eu não estou mais disponível para ninguém que possa me causar um mínimo de desconforto.
Somos o que desejamos ser.
Parece motivacional, mas é bem real.
Subestimar ou superestimar nossas capacidades não é algo saudável.
Mas quando nos conhecemos, chegar onde se almeja é apenas questão de tempo.
Um pouco mais de atenção.
Carinhos sem premeditar.
De tanto me observar, você passou a me conhecer.
Conhece meus gostos, minhas caras e bocas.
Com jeito, com cuidado, acessou lugares machucados.
Me trouxe novos conteúdos, novas receitas e novas formas de me fazer relacionar comigo mesma.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.