janeiro 30, 2021

Sensível demais

 Perdoa a minha falta de habilidade quando se trata de assuntos que envolvem sensibilidade.

Meu traquejo é outro.

Para tudo que se refere à sensibilidade, eu mesma não dou conta de mim.

Mas estamos trabalhando, Dr Alessandro e eu, nos vemos religiosamente às 10, toda quarta-feira.

Quando consigo dividir o meu tanto, fica tudo mais leve.

Sempre tenho lenços. 

Sempre um copo d’água.

Sempre me desidrato.

Dói. Choro.

Alivia e clareia o pensamento.

Quando me tornei mais sensível, a vida bateu forte na minha face, me pedindo para acordar.

Foi um despertar diferente.

Foi horrível, não nego.

Eu que sempre gostei de amanheceres, com ânsia de viver, passei a desprezar esse momento.

E me tornei uma apreciadora de entardeceres.

O entardecer sempre me mostrou que venci mais um dia e que curar a dor é só uma questão de tempo.



janeiro 27, 2021

E se acabar o chocolate?

Medo.

Ele te sufoca.

Te faz diminuir a velocidade.

Te tira a voz.

E se acabar o vinho?

E se acabar a relação?

E se acabarem os recursos? 

E se acabar a vida? 

E se acabar o chocolate? 

 Óleo essencial de lavanda no travesseiro para uma alma inquieta e com muita sede de vida.

 

janeiro 25, 2021

Diamond

 De mãos dadas com a harmonia.

 Iluminada pelo sol.

 Pés na areia.

 Leve.

 Vestida da cor do mar.

 Confortável na minha própria pele.

 Gosto de ir na contramão da massa.

 Diamantes são raros.

 O que mais tem é gema sintética.

 

  

 

janeiro 21, 2021

Me vesti de mim mesma para te visitar.

A minha beleza se esconde. Ela não impacta.

Ela vai um pouco além do habitual e do esperado.

Eu não gosto de encontros teatrais, eu gosto do real, com a intensidade grudada na alma.

Aprendi a selecionar a quem me mostro.

Um corpo é só um corpo.

A alma, poucos, muito poucos acessaram.

E muitos não souberam o que fazer com o pouco que mostrei.

A volta

 Então mais uma vez, eu volto.

 Me sentindo um peixe fora d’água, com a sensação de não pertencimento, distante e muito além e com uma culpa enorme por isso.

 Do que eu achei que tivesse superado, não ainda não, não me sinto confortável neste lugar tão pequeno.

 Não me encaixo. Fica apertado demais.

 Preciso de lugares em que eu possa respirar sem medo, sem preocupação e sem sentir que de alguma maneira, meu jeito é mais do que podem suportar.

 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.