setembro 27, 2020

Sobre as estações

 Passado o verão, senti na pele a secura do outono e o frio tenebroso do inverno.

 Foram dias longos e sombrios.

 Inferno terreno, lugar que nunca havia visitado antes em um grau tão agressivo.

 Doeu muito até o dia em que finalmente não doeu mais.

 Me dei conta de que tratei da minha dor, quando não me afastei dela.

 Eu simplesmente a senti e acolhi, dizendo: doa logo tudo que tiver que doer.

 Quando dei por mim, já estava perto da minha estação preferida.

 Onde há um calor ameno, cores, aromas e uma leveza sem igual.

 Quando dei por mim, já havia compreendido o aprendizado das estações.

 Aquilo que plantei com amor e verdade nunca morreu dentro de mim.

 

setembro 11, 2020

setembro 09, 2020

Para acolher as nossas fragilidades sem nos julgar, só mesmo alguém com muita vivência, sabedoria e humanidade.

É preciso delicadeza e mãos leves para tocar a alma alheia.

 Eu não mais saberia ser diferente só para te agradar.

Descobri no meio do caos um encontro saudável.

Fiz as pazes comigo, com meus sonhos, meus ideais, minha história...

Se te incomoda meu jeito de ser, falta-lhe um olhar mais amplo e generoso.

Hoje sei do que dou conta e também sei do que não dou.

Parei de me testar, graças à um terapeuta que bate forte e pesado...

Você não imagina quantas sessões eu chorei para hoje poder sorrir de maneira autêntica novamente...

setembro 08, 2020

 Para ruídos, o silêncio.

Na dúvida prefiro a estagnação ao movimento.

Olhos e ouvidos atentos jamais deixaram escapar o essencial.

Somos feitos da soma de nossas vivências e nada pode ser mais revelador do que verdades ditas sem mágoa ou ressentimento.

 Nasci com a alma elegante.

Não gosto de gritos externos, muito menos internos.

Aprecio os silêncios e me sinto confortável neles.

Excesso de ruídos me incomoda.



 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.