Há dias em que eu fico assim…

 Com saudades de mim.

 E escolho o que quero fazer apenas por mim.

 Há dias em que eu priorizo os meus gostos e necessidades.

 E escolho ficar comigo, com os meus pensamentos e com o meu pouco tempo que acaba se extendendo mais.

Há dias em que quero exercer outros papéis para ver como me comporto sendo mãe, amiga, filha, irmã…

Há dias em que eu não quero pensar, não quero falar, não quero ser sociável.

E escolho quem eu quero por perto.

Em tempos de desgoverno, escolho governar minha própria vida.

 O tempo confirmou o que eu já sabia.

 Sobre os outros, sobre as coisas que eu acreditei e também no que desacreditei.

 Quando falo do tempo, falo sobre este tempo de maturação 

 Falo dos meus professores da vida.

 Falo das minhas experiências vividas e das minhas expectativas.

 Quando falo do tempo, falo do hoje, falo do quanto eu já aprendi e do tanto que ainda tenho para aprender.

 Quando falo do tempo, falo do quanto ele me libertou das ilusões, o quanto dele eu intuí.

 Quando falo do tempo, falo com ternura.

 Penso que precisei dele para chegar até o agora.

 O tempo me apresentou o novo, o fora do padrão, o simples de verdade.

 O tempo me apresentou novas maneiras de apreciá-lo.

 Me trouxe sorrisos, presença, um afeto autêntico, genuíno e saboroso.

 O tempo me trouxe a paz almejada, sem monotonia.

 O tempo foi bom para mim!

 Quem era a Cris de dois anos atrás? 

 Foi essa a pergunta que me fiz hoje ao acordar.

A ansiedade não me causa mais sofrimento.

Com esta história de controlar as emoções, existem ganhos mas também perdas.

 Aprendi a fazer amizade com os meus fantasmas.

 O tempo não cura tudo, ele apenas nos distrai.

 E eu tenho uma filosofia (sim, eu me esqueço dela): sempre que uma coisa não acontece, apesar dos meus esforços, essa coisa não tinha que acontecer. 

 Recordar o caminho que já percorremos tem sido uma distração.

 Sigamos.