Nunca economizei “eu te amo” quando era o que eu realmente sentia.
Quando nos são cobrados os afetos não dados, há algo ali que precisa ser revisto.
Se não lhe dei, é porque o sentimento não existiu.
Neste mundo que não é o meu, mas que circulo, percebo nas entrelinhas o não dito.
Percebo a energia local.
Mas sigo.
Com atenção ao meu ambiente, ao desenvolvimento, a chegar de fato a lugares nunca alcançados.
Me faz bem ver outros brilharem.
Me faz bem pensar que de alguma maneira eu colaborei para outra pessoa ser mais feliz.
Quando consigo tirar as pessoas de onde elas estão, por um minuto, por um momento e mostrar que existe um outro lugar, um lugar que elas podem chegar, um lugar onde elas possam realmente se olhar e saber que são capazes.
É isso que me traz a força que preciso para enfrentar os meus desafios. E vencê-los. E ver a evolução de um ser que ele próprio subestimava.
Escrevo.
Escrevo para digerir as minhas próprias palavras.
Escrevo por necessidade.
Escrevo para me ler, me sentir e assim sentir o mundo a minha volta.
Escrevo para não me desesperar quando as coisas não saem exatamente como eu quero.
Escrevo pelo simples prazer de saber que vivo.
Escrevo sem pretensão e por ser só e para mim, escrevo sem filtros, sem objetivos, sem nenhuma necessidade da exposição.
Escrevo para ser alguém mais simples, mais leve, mais fácil de se compreender.
Escrever me humaniza.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.