Procurou o melhor lugar.
Queria sombra e sol.
Levou seu kit, contendo toalha, protetor, máscara para o cabelo, vinho, taça e o gelo pegou direto na máquina.
O cheiro dos protetores trouxeram lembranças da última viagem.
E como nas férias, queria apenas relaxar.
Queria não fazer nada, não pensar nada…
Queria o silêncio e então fez cara de poucos amigos.
Era esse o jeito dela se blindar de conversas pouco consistentes e olhares curiosos.
Deitou. Silenciou e começou a beber o vinho, que não emocionou. Não esperava nada, não havia expectativa nenhuma, por isso o vinho sem emoção não lhe causou surpresa.
O sol banhava seu corpo todo, era isso o que ela queria, sentir o calor, sentir a primeira gota de suor escorrer, queria só estar ali, presente.
Sentiu o vento bagunçar os cabelos escovados e hidratados ontem e…adeus cabelos alinhados.
Depois do silêncio. Depois do vinho. Depois do sol.
Conversaram.
Falaram sobre bobagens. Riram. Riram de novo.
Beberam mais. Ela jurou não comprar mais vinho em lata.
Da próxima vez esconderá a garrafa de vidro, levará seus rosés preferidos, isso, mais de um.
Passaram-se horas.
O sol caiu, a chuva também.
Ainda pensou em tomar com aqueles pingos gelados, mas faltou coragem.
Riram mais.
Tomaram sauna.
Descansaram e ficaram olhando a chuva, o nada, o tudo e o todo.
Sem pressa alguma.
O dia passou devagar.
O cansaço deu lugar ao ânimo.
O sol deixou a pele rosada, se manchar, manchou.
Não se preocupou com nada além do seu próprio bem estar.
Sentiu prazer nesta pequena pausa e quebrou qualquer resquício de rotina.