Você é uma destas pessoas que a gente precisa conhecer pessoalmente.
Apenas para se certificar de que é realmente de verdade.
Já conheci e convivi com tanta gente…
Em níveis de profundidade equivalentes ao que me foi permitido.
Mas hoje consigo compreender, me faltaram ouvidos mais atentos, muitas e muitas vezes.
Me faltaram olhos mais detalhistas.
Me faltaram a confiança de saber sentir, intuir…
A tal da empatia não funciona em relacionamentos bilaterais.
Me faltou sensibilidade para compreender finais, sem necessariamente verbalizar.
Tudo o que faltou não diz respeito aos outros, mas sim a mim mesma.
Como já ouvi, que as coisas não precisam fazer sentido.
Com quem não sente, acredito que sim.
Para mim, sem sentido, não há qualquer sentir.
Nada é tão esclarecedor quanto o tempo.
Ele ameniza os excessos com precisão.
Elimina o que é desnecessário.
O tempo que tudo registra é o que também tudo dilui.
Tão sábio, tão apaziguador, tão suave…
Que embala novos sonhos, projetos engavetados, alegrias contidas…
Que traz rugas, mas também amor próprio e coisas que ainda não sei o nome.
Traz certezas.
Abraça novamente as esperanças de dias felizes e claros.
Reforça os propósitos e carrega junto consigo toda força que
preciso para continuar a seguir o meu caminho, nem sempre
reto, mas cheio de coisas incríveis, as mesmas que deixei de
lado por um tempo, mas que retornam melhores do que foram
um dia.
Pois me encontram em um dos melhores momentos que eu
poderia estar.
Paz é uma conquista.
Amor é construção.
E o tempo, ah… ele é e sempre será o Senhor da razão.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.