Se entregar é mais do que tirar a roupa.
E quando eu não me entrego, a última coisa que tiro é a roupa.
Na seleção da memória, pouca coisa ficou.
Tenho um jeito todo meu de não guardar as coisas, mas muitas vezes as coisas chegam até mim sem procura.
De tudo que peço, recebo mais do que espero.
Não espero mais para que a minha expectativa não passe na frente da razão.
Nenhuma relação sobrevive ao morno, pelo menos não para as mais próximas.
Aprendi a me dar o amor que eu sempre busquei.
Não me preenche mais o que vem de fora, mas o que de mais bonito eu tenho.
Não sou de desafetos nem confusão.
Sou a soma de uma construção contínua , sol a sol.
Não aceito mais nada que me invade. Nada que me desrespeite. Nada que me dói.
Mereço tanto, que não me deixo mais cansar.
Me falta tempo para o que não me acrescenta.
De resto e resumidamente: estou feliz e não permito que mais nada me tire deste caminho.
Andei só.
Mas não quero permanecer assim.
Porém, com todas as exigências do momento.
Só aí, muita gente fica para trás.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.