março 19, 2021

Sentimentos grandes nunca podem se deixar abalar por sentimentos pequenos.

Sempre me cobrei além do que deveria.

Sempre controlei.

Sempre oscilei entre os dois extremos e tive a vivência necessária para entender que o caminho do meio é sempre o mais prudente.

 No ponto da vida em que estou, quanto mais simples e leves as coisas e pessoas forem, o melhor lado terão de mim.

 Não me importo se estarei acompanhada ou sozinha.

 Mas me importa muito permanecer neste lugar conquistado.

 

 Depois de tudo que foi vivido.

 Depois de tudo que senti na pele. 

 Depois de me arrebentar inteira, por dentro e por fora.

 Adquiri a serenidade de estar no presente e ser inteiramente grata por estar no meu lugar.

 Sem pesares. Sem expectativas. Apenas em estado de flow.

 Às vezes sinto e quando me distraio apenas sorrio e digo: que o melhor aconteça sem o meu controle.

  

março 16, 2021

 Gosto de me sentir a sua prioridade.

 Gosto quando me pergunta como estou, querendo saber detalhes.

 Gosto de quando se interessa pelos meus assuntos, meu trabalho e ri dos meus ombros pesados.

 Gosto quando pergunta o que eu quero beber ou comer.

 Gosto de mousse de chocolate de sobremesa.

 Gosto de tardes que invadem noites conversando e dando risada.

 Gosto da cumplicidade de gente madura. Onde não temos mais vontade de impressionar.

 Gosto das suas observações a respeito da minha ansiedade.

 O que são estes dedos mordidos?

 Dá próxima vez morda a minha bunda! Hahahahahahahahhahhahahahhahahahaha.

 Tudo é tão leve e divertido.

 Tenho a impressão de que parece uma série. 

 Não sabemos a durabilidade dela, apenas vamos relaxar e ver.

 Vamos sentir a leveza de não deixar a mente pensar, combinado?

 

março 15, 2021

Para conquistar a leveza é preciso antes de tudo sermos leves.

Escolher o seu lugar leva tempo.

Desenvolver o senso de merecimento, demanda muito auto conhecimento.

Até que chega o dia em que suas escolhas te levam exatamente para o lugar onde sempre desejou chegar.

março 14, 2021

março 12, 2021

 Eu encontrei um homem tão diferente dos últimos tempos.

 Aquele homem forte se transformou em um homem frágil, ofegante, com muita falta de ar, nitidamente afetado e cheio de sequelas.

 Perguntei se estava bem e a resposta foi rápida: estou sobrevivendo.

 Pensei, estamos! 

 E então vieram as perguntas de praxe. 

 O que está sentindo? Porque não veio no ano passado? Como está o sono? 

 Entre uma frase e outra, uma pausa para respirar.

 E aquilo começou a me desconsertar. 

 O que você está sentindo? 

 Era medo.

 Era receio de não encontrar as palavras certas.

 Era uma tristeza enorme em estar naquela situação.

 Era um desapontamento comigo mesma em não saber conduzir aquela situação.

 Quem mais precisava de ajuda, ele ou eu? 

 Papéis invertidos e embaralhados.  

 Quando comentei o quanto o consumo de vinho e chocolate aumentou em casa, ele sorriu e disse: você gosta de coisa boa!

 Sobre o meu medo de contágio: cuide-se.

  Quando em tom negativo falei que estava indo para a loja da Oscar Freire, praticamente uma viagem, ele respondeu: encare como um passeio, coloca música alta, vai ouvindo e cantando.

  Mais do que uma consulta do meu estado físico, tive uma consulta da alma.

 Não pude apertar sua mão como de costume e saí com uma sensação estranha, com os olhos inchados de tanto chorar.

 Antes de ir ainda me contou da sua pouca paciência, como a minha. 

 E me pediu para ter calma, que tudo vai passar...

 Me passou um remedinho para a ansiedade, pasalix e muitos pedidos de exames.

 Nos vemos em breve e tudo estará bem.

 É o que mais desejo Dr Mário, para mim e para você.

 

 

 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.