dezembro 10, 2020

 A vida é muito maravilhosa para mergulhar fundo em lugares e pessoas rasas.

 Proporcionalidade.

 Eu gosto disto em todas as relações.

 Nem tudo o que eu perdi, foi necessariamente uma perda.

Sobre viver e aprender.

Não basta viver, tenho a obrigação de aprender.

E como aprendi este ano...

Apenas fui, no fluxo, como era a proposta inicial.

Doeu.

Me machucou.

Mas também me trouxe as pessoas, situações, palavras, entendimento e toda a bagagem que eu precisava para chegar até aqui.

Dei menos show.

Trabalhei muito nos bastidores.

Busquei e retirei forças de onde não tinha.

Falei muito e incansavelmente, mas também coloquei a mão na massa.

O ano mais desafiador em todos os sentidos, o ano que me tirou do chão.

O ano em que fui além do fundo do poço, mas que quando cansei, escalei na ponta das unhas, com suor e sangue.

Tudo muda num piscar de olhos.

A vida para mim sempre aconteceu assim, ela sempre me surpreende e me traz as respostas no tempo certo.

Ela bate na minha cara quando eu não ouço a minha intuição.

Ela me causa desconfortos quando estou em lugares e corações pequenos.

Ela me presenteia com generosidade toda vez que eu sou generosa com ela.

Quando eu desanimei e ela me dizia: coragem! 

Quando eu caí e ela me chamava para levantar...

Eu fui.

Me despedi do que me segurava.

De quem me entristecia.

Do que me fazia mal.

Mergulhei de cabeça, corpo, alma e coração, por isso não me arrependo de nada.

Como faço em tudo, como sou com coisas e pessoas.

Não sei ser pouco e nem pequena.

E é para a frente que caminho, com passos firmes, com ética, respeito, honestidade e muito amor.

Hoje recebi a coroação da minha força. 

Estou entre as três melhores do Brasil.

E isso diz muito mais do que o resultado, isso diz muito sobre uma outra mulher que nasceu este ano.

Aprendi a lição mãe: “engole o choro.”

Eu engoli e segui.

Hoje sou só sorrisos.





dezembro 06, 2020

 Durante muito tempo eu tentei compreender coisas que para muitos é incompreensível.

 Amor e sentimento te colocam muitas vezes acima até de você  mesmo.

 Eu não me lembro se algum dia fui tão longe por alguém...

 Está feito. Mas não faço mais.

  Não sou terapeuta. Não sou psicóloga. Não tenho que ir além das incompreensões.

  Não tenho que nada.

  Não tenho que ser mulher maravilha.

  Não tenho que ser desrespeitada na minha condição de mulher. 

  Cansei.

  Cansei de fazer mais por quem não compreende e nem nunca viveu coisas e sentimentos grandiosos.

  Não tenho que relevar nada que me agrida emocional ou intelectualmente.

  Não tenho que dar a educação para quem não é meu filho.

  Tenho sim que seguir, como sempre fiz, de cabeça erguida e coração aberto.

  Gente confusa te confunde.

  Gente triste te entristece.

  Gente que mal diz a vida quer te convencer de que tudo é ruim.

  A vida é maravilhosa.

  Tem muita gente que sabe o que quer.

   E hoje eu sei porque me dizem que sou especial.

   Eu sou mesmo rara, porque raro hoje em dia é ser alguém que reúne várias características em uma pessoa só.

   Raro é ser autêntica e desprovida de interesse de qualquer tipo.

  Sou muitas.

  Hoje mais forte do que sensível.

  E serei muito mais para mim mesma e para quem merecer estar ao meu lado.  

 

  

 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.