outubro 13, 2019

De volta pra casa...

Gosto de voltar aqui às vezes.
Para ver meus progressos e retrocessos.
Pois aconteceram muitas coisas boas, como previsto ou sonhado.
Mas também aconteceram coisas com as quais eu ainda não sei lidar.
Ando desacreditada.
O mundo não anda sendo um lugar fácil de estar, ou talvez eu precise de drogas mais fortes para novamente vê-lo bonito.
Isso inclui endorfina, meu Deus, quantas vezes eu caminhei por horas até a angústia passar.
Quantas vezes me apeguei à pessoas que não estavam muito afim de se apegar.
Quantas vezes eu ri por fora enquanto sangrava por dentro.
Seguindo...
Ora forte, ora sensível...
Fui em busca de alcançar meus objetivos e hoje sinto que não há mais a necessidade de provar nada para ninguém, nem mesmo pra mim.
Ando cansada de ter que explicar tanto, de sentir tanto, de querer fazer do modo certo depois de tantas coisas erradas.
Esse tal de amor é algo que ainda não consigo compreender ou viver na plenitude que gostaria, porque ele depende de dois.
A gente vai pintando as coisas na cabeça, querendo que tudo funcione, que haja alguma coerência, algum equilíbrio, mas como não sou perfeita acabo me atrapalhando no meio do todo.
Tenho me dedicado demais, como sempre fiz.
Me passa um filme na cabeça, não dá para não pensar no que passei para chegar aqui.
Tem muita estrada e alguma experiência.
Tem muito amor e um pouco de ingenuidade.
Tem sentimentos que nunca abri para ninguém.
Talvez a velha regra de não se importar ainda seja atual.
Talvez a mentira ou a omissão ainda sejam mais usadas que a verdade.
Talvez eu tenha que novamente rever os sonhos ou mesmo deixá-los adormecidos para que aconteçam em seu tempo e não no meu.
E soltar...
E deixar que a vida se encarregue de colocar as coisas no seu lugar.
Embora nos últimos tempos eu tenha amado feito uma adolescente, a mulher madura grita me chamando de volta.
O tempo nos faz crer muito mais na própria intuição e o coração embora ainda tenha muita força, necessita ficar um pouco de lado.
Aquela vontade de deixar que acessem as minhas profundidades por vezes se questiona se o melhor ainda é ficar no raso.
De alguma coisa as experiências devem servir, nem que seja para não permitir nos deixar ferir.

fevereiro 28, 2019

Eu sei que há amor entre nós, mas é preciso um pouco de cuidado.
Na sua cidade venta muito, não podemos deixar que isso leve embora os nossos desejos.
Na minha cidade faz muito frio, não podemos deixar que isso esfrie nossos corações.
Eu desejo pra nós que seja sempre sol, que seja sempre verão, que seja sempre quente e que haja sempre suor.

fevereiro 14, 2019

Tenho me sentido cada dia melhor.
Tenho respirado mais.
Tenho passado os dias sem pensar muito, sem esperar grandes acontecimentos...
A graça toda está aí, viver esperando menos perfeição...
Apenas um dia de cada vez.

fevereiro 07, 2019

Sobre os testes...

Não sou um objeto para ser testada
Sou feita de carne, osso e coração.
Com muitos e infinitos defeitos, mas nenhum que prejudique mais outra pessoa do que a mim mesma.
Tenho antes de tudo o cuidado de ser sempre honesta, principalmente comigo, depois com o outro, nem sempre de uma maneira doce como eu gostaria, mas da maneira que sei e consigo ser.
Dispenso as validações nesta fase delicada da minha vida, prefiro que me presenteiem com a verdade, com o carinho, com a autenticidade e mesmo com as delicadezas que não sei oferecer.
Tem me faltado a generosidade da compreensão do que não entendo, pois na idade em que estou tudo se torna muito claro.
Quero apenas a simplicidade, o óbvio, o inteiro...
E cada vez que minha intuição grita, eu não quero silenciar, eu quero dar voz ao que sinto e ser ouvida.
Ando sem paciência para assuntos e atitudes repetitivas, quero o frescor da novidade,  mas não necessariamente de pessoas novas, mas sim daquelas que se predispõem a crescer e evoluir junto comigo, a construir estruturas fortes, baseadas no amor, na confiança e em valores parecidos com os meus.

fevereiro 05, 2019

Se eu soubesse que iria morrer...

Se eu soubesse que iria morrer eu simplesmente iria parar de querer tudo para ontem e viveria o que me resta sem tanta ansiedade.
Faria apenas coisas prazerosas, as palavras seriam mais brandas e consequentemente os dias seriam mais leves.
Terminaria de ler os livros que ainda estão em menos da metade.
Ouviria mais as músicas que gosto.
Organizaria a vida de modo que tudo ficasse redondinho para gerar o menor esforço e o mínimo de trabalho para os outros.
Faria uma limpeza nos meus "caderninhos", tem muita bobagem que escrevi nem sei quando e porque.
Arrumaria as gavetas para que ficasse uma boa lembrança e comentários depois de..."nossa, como ela era organizada!"
Eu iria elaborar uma lista de doações, distribuindo "partes" de mim para as devidas pessoas, eu vejo que minha casa hoje é a junção de todos que acrescentaram algo para minha vida.
Eu pediria desculpas à quem magoei, e tenho certeza de que também receberia pedidos de perdão.
Iria passar uns dias com meus pais, e neste período eu seria mais filha do que um dia fui.
Eu pediria para o meu filho dormir mais vezes na minha casa e que ficássemos na cama rindo e lembrando de bobagens.
Agradeceria meus irmãos de sangue e da vida.
Ao pessoal do trabalho, "passaria" os meus melhores clientes para quem acho que merece.
Eu iria meditar diariamente para depurar os sofrimentos que me causaram e que eu muitas vezes não consegui dissolver.
Algumas pessoas eu procuraria para um acerto rápido e outras eu deixaria pra lá.
Conversaria com Deus, pois tudo é conforme a sua vontade e seria um pouco mais humilde em aceitar o que me foi reservado,
Viajaria, tomaria mais sol, mais banhos de mar, me encostaria mais junto de você, sentido seu cheiro, que é tão bom!
Pegaria mais na mão, beijaria mais seu rosto, olharia mais seus olhos...
Diria que você apesar de todas as restrições foi a pessoa com quem fui mais verdadeira, mais certa, mais errada, mais chata, mas ainda assim, fui mais amada.
E aí sim eu morreria feliz da vida!

janeiro 14, 2019

Você riu da minha insegurança.
E eu chorei pela sua insensibilidade.

Qual é o seu objetivo?

Sobre os acasos da vida que em determinado momento não sabemos o que fazer, por outra obra do "acaso" eis que surge a pergunta:
_ Qual é o seu objetivo?
Necessário e bastante providencial saber.
Sinto falta de suas delicadezas, lugar que agora é ocupado pelo ódio, crítica e dureza.
Sinto em ver no que transformamos um sentimento tão bonito, verdadeiro, alegre, sensível...
Sinto por tudo e pela maneira como as coisas mudaram, como a generosidade ficou pequena perto da grandeza que somos nós.
Hoje quando fui questionada a respeito dos meus objetivos me passou um filme na cabeça. Eu sempre tive tantos e os persegui com muita coragem.
Hoje eu só quero retomar e prosseguir, da maneira mais pura que só o amor proporciona, sem machucar, sem ofender, apenas sendo AMOR.

 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.