setembro 04, 2012
setembro 02, 2012
“Só agora eu sinto que as minhas asas eram maiores que as dele, e que ele se contentava com os ares baixos: eu queria grandes espaços, amplitudes azuis onde meus olhos pudessem se perder e meu corpo pudesse se espojar sem medo nenhum. Queria e quero — ainda. Voar junto com alguém, não sozinho. Mas todos me parecem tão fracos, tão assustados e incapazes de ir muito longe. Talvez eu me engane, e minhas asas sejam bem mais frágeis que meu ímpeto. Mas se forem como imagino, talvez esteja fadado à solidão.” (Caio Fernando Abreu)
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