Não queria, mas ainda penso em você.
Na forma como me olhava, nas poucas palavras que saiam da sua boca...
Sempre tão sedenta de beijos, de sabores ácidos e fortes...
Da sua mão que segurava a minha tão firme, quase que dizendo o quanto eu era sua naquele momento.
Uma posse aprovada, sentida.
Eu te fazia ter orgulho de estar comigo, você me fazia ter uma coragem de ser outras que eu nunca fui.
Experimentei uma paz inquieta, um drink de efeito diferente, um modo diferente de estar...
Me testei.
Não aguentei.
Foi bom, mas me atormentava além do suportável.

E mesmo que não pareça: quero amor.
E se você não souber o que me dar: dê-me amor.
E se existem dúvidas: aja com amor.
Você pode ter tudo, mas sem ele...ninguém vive sem amor.

E quando eu me acho muito poderosa, muito dona de mim, achando que estou direcionando tudo, que sei tudo...

Vem Deus e diz na minha cara: você não sabe de nada!

E porque ainda insisto em convencer as pessoas?

Esquece, releva, deixa fluir...

É mais fácil convencer alguém de que nada vale a pena do que tudo vale!

Então...desisto!

Desisto de você e das suas teorias, desisto de te explicar que a vida é tão linda e que você também pode enxergar isto, além do seu próprio umbigo.

As lacunas antes tão espaçadas, deixam agora menos espaço, mas os espaços existem...

Quero absorver o bom, o novo, o que me faz feliz...

E que ninguém me diga que é ficção, que não existe, porque esta resposta eu já tive.

Conquistei e busquei o meu espaço, deixei a minha marca, tenham gostado ou não.

Há muito deixei de perder tempo, meu valioso tempo, por coisas e pessoas que nada agregam.

Quero a riqueza dos que sabem se doar, se perder, se entregar...

Quero ser o que sou.

Sem travas, sentindo, amando e recebendo os presentes que a vida têm me dado diariamente.

Pior do que ser louco é quem se acha muito "normal"...

Estou de volta.
Fui com a mochila leve, voltei com muito mais bagagem...

Alguns me perguntam se voltei melhor...nem melhor, nem pior, apenas DIFERENTE!