dezembro 27, 2022

Tantas

 Sou tantas e quantas eu quiser.

 E em todas, sou sempre autêntica.

 Ou sou, ou não sou.

 Não consegui aprender nada sobre esse “caminho do meio”.

 Aprendi a modular os excessos, mas minha alma de tranquila não tem nada.

 Ela quer sempre muito e mais.

 Decidi aceitar o que não tem jeito.

 Já me cobrei mais do que o necessário e cheguei onde eu quis.

 Ouvi opiniões, mas as minhas sempre me guiaram.

 Elogio menos. Critico mais.

 Ser fiel ao que sinto foi a maior prova de amor que dei a mim mesma.

 Tive alta da terapia, é tempo de andar com as próprias pernas. Sem muletas.

 Não agradar o tempo todo é uma liberdade.

 Holofotes apenas para egos necessitados.

 Não preciso de mais luz. Já nasci iluminada. 

 

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 Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém.  O que devo temer, é perder a mim mesma.