Jung é mesmo foda!
Quando você mergulha no seu inconsciente eis que surge a consciência.
Já tive tanta pressa.
Já corri tanto.
Na ânsia de buscar não sei o que e ir para não sei onde.
Meus passos sempre caminhavam com outros
O objetivo era “caminhar junto”.
Até que um dia, eu fiquei para trás.
Olhando de longe, sem ao menos me despedir direito, vi tudo se perder e se distanciar.
E então pude compreender que não devo mudar meu caminho para acompanhar os outros.
Todo “caminhar junto” deve ser espontâneo, leve e alegre.
Deve proporcionar prazer a quem caminha e também a quem acompanha.
O que por muitas vezes, não necessita de grandes roteiros
Hoje dou os meus próprios passos sem me preocupar se há um acompanhante ou não.
Aprendi a apreciar sozinha cada detalhe, cada tempo que tenho na minha própria companhia…
Aprendi a viver de uma maneira mais contemplativa.
Sem precisar correr, tive mais clareza para ver novas possibilidades.
Agora vou mais devagar, aprecio o caminho de maneira intensa e inteira.
Sem correr ou sem me demorar, vou no meu tempo, com meus passos, no meu próprio ritmo.
E o fato de não ter a ansiedade de chegar, conheço enfim outros cenários e paisagens, que me enchem de energia boa instigando outros a me seguir.
O medo de amar é totalmente justificável por tudo que você já viveu.
Mas ele é totalmente injustificável com tudo aquilo que você pode viver.
Ainda que você mergulhe fundo no oceano, ainda sim, estará consigo mesma.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.