Nunca gostei dos iguais.
Nem de nada, nem ninguém que fosse cópia de outro alguém.
Por isso a manada não me atrai.
E então você se vestiu de mulher forte de novo.
De mulher madura, que sabe o que quer e também o que não quer.
Voltou para o seu equilíbrio, organizou todos os sentimentos em caixinhas e se organizou de novo.
Sentia-se produtiva e tudo corria bem.
Era um tempo novo em que tudo que era velho havia ficado para trás.
Havia reciprocidade em suas ações, diálogos, afetos.
Descobria-se de novo envolta em novidades.
E tudo era muito nítido para quem a percebia.
Você pode escolher.
Ser alegre, ser triste ou algo no meio disso, seria morno a palavra?
Você pode escolher.
Sentir medo, ser corajoso ou algo no meio disso, seria sem atitude?
Você pode escolher.
Se comunicar, se calar ou algo no meio disso, seria prolixo?
Você pode escolher.
O profundo, o raso ou a margem.
Sempre temos escolhas e elas por si só já nos define, já mostra ao mundo e aos outros como somos.
Respeito o jeito de cada um e o que pode ser.
E diante disso, escolho também se desejo ficar.
Sentimentos grandes nunca podem se deixar abalar por sentimentos pequenos.
Sempre me cobrei além do que deveria.
Sempre controlei.
Sempre oscilei entre os dois extremos e tive a vivência necessária para entender que o caminho do meio é sempre o mais prudente.
No ponto da vida em que estou, quanto mais simples e leves as coisas e pessoas forem, o melhor lado terão de mim.
Não me importo se estarei acompanhada ou sozinha.
Mas me importa muito permanecer neste lugar conquistado.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.