No que me transformei sendo insegura.
Foi tudo o que eu precisava para ser o que sou hoje.
Você me tira das minhas verdades absolutas e me coloca para sentir, para pensar, para me expressar.
Após sentimentos congelados, você foi dia após dia retirando fragmentos deste freezer que virou o meu coração.
Tenho sempre o colo que preciso, a segurança mínima que sempre busquei, a liberdade de dizer e também de sentir, sem restrições.
Gosto das suas chegadas e suas partidas não me causam desconforto, sei que é apenas um até breve.
Gosto dos nossos mesmos gostos.
De compartilhar o copo, a taça, o chuveiro e a cama.
Sou mais frágil do que eu gostaria quando estou com você. Mas sou o que sou. Lembro-me que as outras versões são o que preciso ser.
Você me tira do sério no bom sentido.
Quebra as minhas resistências e durezas adquiridas ao longo do tempo.
Você tem o dom de me desmontar, quando eu penso em uma bronca, antes de verbalizar escapa um sorriso, rindo de mim mesma.
Afinal como fazer isso?
Gosto deste desarme proposital.
Sou reativa e competitiva por natureza.
Mas você me ensinou que não preciso e nem devo ser esta pessoa.
Posso na intranquilidade, ter paz.
Posso na insegurança, confiar.
Posso no momento tenso, esquecer tudo e relaxar.
Como sempre me diz: você pode tudo.
Tudo o que quiser.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.