Sei ser a mais doce e quente das criaturas.
Mas também sei ser mais gelada e ácida que um sorvete de limão.
Com o tempo eu compreendi que tudo está em mim.
E que por mais que em alguns momentos eu queira compartilhar algo, no final sou sempre eu comigo mesma.
Com o tempo eu compreendi que não se deve lamentar o passado, pois dele fez-se o presente.
Com o tempo compreendi minhas angústias e as coloquei no devido lugar, pois foi por elas que fiz grandes movimentos para sair de lá.
Com o tempo compreendi que a minha inocência trouxe também a dose de malícia que eu precisava para sobreviver.
Com o tempo compreendi meu valor como um todo, não apenas por um cargo.
Com o tempo compreendi como é interessante passar por algumas experiências, elas me ensinaram a desejar outras, mas de maneira saudável.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.