Se perdi a ternura, foi apenas por um momento.
O que somos é muito maior do que qualquer adversidade.
Conhecer as facetas humanas me ajudou a identificar o que está por trás do não dito.
Me ensinou a fazer uma leitura mais assertiva, bem distante da projeção.
Me falou muito mais sobre mim do que sobre os outros.
Ter clareza fez uma diferença enorme na minha vida e consequentemente na de todos que estão por perto.
Tenho preferido não pensar, a pensar demais.
Tenho preferido mil vezes sorrir, sorrir, sorrir, escancaradamente, mesmo que incomode.
Tenho escolhido a calma, ao invés da inquietação.
Tenho tido mais coragem para enfrentar os dias sem pesos demasiados.
Tenho preferido a ousadia do que a mesmice.
Tenho sido eu de um jeito diferente, que me agrada mais.
Tenho sido mais carinhosa do que reativa.
Tenho tido dias dos quais eu posso me orgulhar e melhor que isso, fecho os olhos e durmo tranquilamente.
Foi no convívio com seres humanos, que me tornei mais humana.
Foi assim que observei que algumas coisas que me são tão claras, tão óbvias, não são para os outros.
Ter o entendimento disso me fez diferente.
E hoje sei exatamente o que é este “diferente “.
É perceber o que muitos não percebem, é resolver o que para muitos é uma dificuldade, é ter uma visão ampla, nítida e transparente.
A verdade é uma construção individual dentro dos seus valores, dentro dos seus propósitos e do seu sentido de vida.
Mesmo quando você lê filósofos, você não irá praticar aquilo. Foi algo escrito há anos antes de Cristo .
Filosofia é ler e entender: o que isso serve pra mim?
A provocação é: como posso viver isso no tempo em que vivo?
Sigo com cuidados das minhas belezas e bondades, Platão como referência, mas de uma maneira mais contemporânea.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.