Número 3.
Número 1.
E uma maneira muito particular para conquistar vários números.
Essa coisa de mulher empoderada me coloca em um lugar que não desejo.
Desejo apenas ser mulher.
Gosto quando vai me buscar.
Gosto quando você dirige.
Gosto quando me pergunta em qual lugar desejo me sentar.
Gosto quando as suas iniciativas se sobressaem.
Gosto da gentileza de perguntar o que gosto.
Gosto quando liga.
Gosto quando nossos papéis não se fragilizam.
Mas gosto de vê-los fortes sem imposição.
Gosto de ter meu lugar ao sol, sem ser sombra para você.
Gosto de te ver brilhar sem receio de me fazer pequena.
Amor é loteria com um mar de apostadores.
Se antes eu esperava um convite, hoje sou eu quem o faz.
Se antes eu estava cansada, hoje estou mais disposta.
E na medida da reciprocidade eis que a vida responde na mesma altura.
Me sinto tantas e muitas vezes na obrigação de retribuir por tanto.
Na medida em que me movimentei, os movimentos aconteceram também.
Ação e reação para os mais céticos.
Eu acredito em algo maior.
Escrevo com os dois pés na terra.
Para me despedir assim, de uma maneira tão suave e natural.
Descanso depois de um ano muito trabalhoso em todos os aspectos.
Se não é Deus nestas horas, a gente não segura todas as barras e dificuldades.
Durante esse ano, ficou nítido e fácil saber com quem contar.
A disponibilidade, a verdade, o tempo de qualidade, a conexão ou não.
Foi fácil de perceber coisas que antes eu não percebia.
Um ano de ajustes, limpeza, paciência e muita, muita resiliência.
Todos os testes me encontraram preparada, sem ilusões e bastante consciente.
Então o meu trabalho foi o de agir.
Rapidamente, com assertividade, alinhando tudo o tempo todo.
Foi exaustivo.
Mas hoje o cansaço dá lugar ao riso tranquilo, ao agradecimento por tudo que consegui transpor sem grandes transtornos.
Fiz muito mais do que planejei.
Fui protagonista.
Fui muito objetiva.
Me coloquei no topo das prioridades.
Fui julgada.
Fui rotulada de “dura”. E concordo, a vida e as decepções me endureceram mesmo. Mas pior seria se me rotulassem de “mole”.
Moleza pra mim não existe.
Em nenhuma área. Porque sempre me desafio a ser melhor.
Me cobro mais do que o necessário, mas penso que talvez seja esse o motivo dos meus saltos na vida.
Não parei. Ninguém me para. Não vou parar.
Quem quiser me acompanhar tem que ter muita energia e propósito.
Não me impressiono com grandes coisas, mas acho o simples fantástico.
Circulo com elegância por todos os lugares, mas estou sempre perto de quem me puxa para patamares mais altos em todas as esferas da vida.
Quero sempre mais.
Quero sempre com generosidade.
Quero sempre com muita verdade.
Sou isso.
Sou essa.
Não sou para muitos.
2022 foi um ano de consolidação de aprendizado, de pensar e executar.
Mais uma vez eu me surpreendi comigo mesma.
Já me expus demais para quem preza tanto por intimidade.
Prometo manter a promessa de não me perder, não me aborrecer e nem me entristecer.
Prometo me manter fiel ao que acredito.
Prometo que me darei muito mais amor hoje e sempre.
Pés no chão, amor no coração.
Feliz novo ano Cristiane, parabéns!
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.