Um ano se passou e quanta coisa aconteceu…
Eu ainda me surpreendo quando pergunto como a pessoa está e ela me responde: na mesma.
Meus anos caminham com uma velocidade absurda, me trazendo e experiência, rugas e marcas.
Um cansaço que muitas vezes se extende mais do que eu gostaria.
Me calei mais.
Já não sou mais tão falante e aí me perguntam se estou triste.
Pode ser que sim.
Da mesma maneira em que já fui muito feliz, às vezes me considero triste.
Uma melancolia sem sentido, uma saudade do que gostaria de ter vivido e não vivi.
Quando os tempos são diferentes, não há o que acerte o compasso.
Fui me dedicando a novos projetos.
Em todos eles tive sucesso.
Sempre soube que a tudo que nos dedicamos, cresce e se desenvolve.
Então deixei de me doar tanto aos outros para me amparar.
Conheci o calor de novos abraços.
Ouvi novas palavras.
Tudo me enriqueceu de um jeito novo.
Trago estas experiências, assim como as minhas dores, os meus lamentos, a vida deixou de ser cor-de-rosa e se tornou neutra.
Eu decido as cores, antes que alguém decida por mim.
O comando agora é meu, agora mais do que nunca sei que este volante só pode ser meu.