Me abro para as páginas em branco de uma história que só eu posso escrever.
Me abro para o novo, para que o novo me traga tudo que o passado não foi capaz de me dar.
Aceito, acolho e ressignifico.
Rumo à um ciclo repleto de amor, luz e prosperidade.
Não basta viver, tenho a obrigação de aprender.
E como aprendi este ano...
Apenas fui, no fluxo, como era a proposta inicial.
Doeu.
Me machucou.
Mas também me trouxe as pessoas, situações, palavras, entendimento e toda a bagagem que eu precisava para chegar até aqui.
Dei menos show.
Trabalhei muito nos bastidores.
Busquei e retirei forças de onde não tinha.
Falei muito e incansavelmente, mas também coloquei a mão na massa.
O ano mais desafiador em todos os sentidos, o ano que me tirou do chão.
O ano em que fui além do fundo do poço, mas que quando cansei, escalei na ponta das unhas, com suor e sangue.
Tudo muda num piscar de olhos.
A vida para mim sempre aconteceu assim, ela sempre me surpreende e me traz as respostas no tempo certo.
Ela bate na minha cara quando eu não ouço a minha intuição.
Ela me causa desconfortos quando estou em lugares e corações pequenos.
Ela me presenteia com generosidade toda vez que eu sou generosa com ela.
Quando eu desanimei e ela me dizia: coragem!
Quando eu caí e ela me chamava para levantar...
Eu fui.
Me despedi do que me segurava.
De quem me entristecia.
Do que me fazia mal.
Mergulhei de cabeça, corpo, alma e coração, por isso não me arrependo de nada.
Como faço em tudo, como sou com coisas e pessoas.
Não sei ser pouco e nem pequena.
E é para a frente que caminho, com passos firmes, com ética, respeito, honestidade e muito amor.
Hoje recebi a coroação da minha força.
Estou entre as três melhores do Brasil.
E isso diz muito mais do que o resultado, isso diz muito sobre uma outra mulher que nasceu este ano.
Aprendi a lição mãe: “engole o choro.”
Eu engoli e segui.
Hoje sou só sorrisos.
Aprendi com o sofrimento que nunca devo ter medo de perder alguém. O que devo temer, é perder a mim mesma.