Passei um café fresco.

Li a mensagem do “Meu livro da consciência” calmamente.

Existem 4 orquídeas de tamanhos e cores diferentes que estão na mesa do meu lado esquerdo.

Acendi um incenso.

E a gata se aninhou ao meu lado.

Minha rotina é simples, mas eu consigo ver muita poesia nela.

Porque essa poesia que vejo está dentro de mim.

Estou pensando na meditação de ontem, onde o Tadashi falou sobre a coerência do pensamento, sentimento e ação.

Caiu como uma luva...

Me lembrei dos meus velhos discursos pra você. Diversas tentativas em fazer-te compreender o quanto isso nos traz paz e entendimento sobre nós mesmos.

Não conseguimos ter a sensação de plenitude com desconexão.

O tempo correu.

A vontade de explicar tanto deu lugar ao silêncio.

Hoje eu já consegui organizar as coisas dentro de mim e eu espero que você tenha conseguido também.

Deixei de ouvir todo e qualquer ruído. E mais uma vez encontrei as respostas na quietude.

Educo meus pensamentos, alinho com meus sentimentos e ajo em sintonia com o conjunto.

Relembrei como é gostoso me acolher, me mimar, me dar a vida que mereço ter. E isso não depende de ninguém além de mim mesma.

Retornei à um lugar cheio de afeto. De doçura. De gentileza.

A vida flui leve.

Estou lendo novos livros, ouvindo outras músicas, me desfazendo de crenças que não me fizeram crescer.

Encontrei gente que me emprestou novos títulos, me trouxe um novo conteúdo, as trocas que tanto preciso para que haja algum sentido no meu viver.

Sem discussão ou imposição, recebo os presentes que a vida me dá.

Eu ainda não estou como gosto de estar, mas você sabe, eu sempre quero mais, essa característica não quero perder.

Quero mais do que acredito merecer.

Quero mais do que posso me proporcionar.

Quero ser melhor a cada dia!

Eu desejo estar nesse lugar, eu penso, sinto e ajo diariamente para estar em um lugar que deixe minha alma clara e cheia de bons sentimentos.

É o que desejo pra mim e também pra você.

Coragem seja forte porque o melhor virá.

Sou forte e sensível 🦋

Quando nos dedicamos, com o coração, à busca do autoconhecimento, é inevitável que chegue um instante em que algumas mentiras que contávamos para nós mesmos passem a não funcionar mais. Os disfarces até então utilizados para fortalecer o nosso autoengano já não nos servem. Inábeis com a paisagem aos poucos revelada, às vezes ainda tentamos nos apegar a alguma coisa que possa encobrir a nossa lucidez, embaraçados que costumamos ser com as novidades, por mais libertadoras que sejam. É em vão. Impossível devolver a linha ao novelo depois que a consciência já teceu novos caminhos. Existem portas que se desmancham após serem atravessadas, como sonhos que se dissolvem ao acordarmos. Não há como retornar ao lugar onde a nossa vida dormia antes de cruzá-las. Da estreiteza à expansão. Da semente à flor. Do casulo às asas, nos ensinam as borboletas.
Ana Jácomo

Cântico VI

Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acaba todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.

por Cecília Meireles

E a gente morre um pouco a cada dia para as coisas que são necessárias.

Recado para o cara lá de cima

Eu não posso pedir nada, não tenho esse direito.

Eu só posso agradecer.

Tudo que tenho e recebo vem na medida exata para minha evolução!

Black out total.

Cortina com aroma.

Uma fresta de luz.

Luzes.

As luzes da cidade.

Os sons.

Lençóis novos.

Toalhas felpudas.

Banho quente, bem quente.

Sabonete perfumado.

Hidratante.

Barulho de secador.

Aroma de café.

Perfume.

Calcinha.

Soutien.

Meia calça.

Roupa preta.

Realização.

Reconhecimento.

Paciência.

Números.

Sonhos.

Comida boa.

Bebida a altura.

Chocolate Godiva.

Banho, bem quente.

Hidratante, muito hidratante.

Um livro.

Leitura.

Risos.

Água. 

Aroma de lavanda.

Lençóis perfumados.

Black out total.

A vida. 

Paz.

Boas palavras.

E amanhã terá sol de novo.