Eu adoro gente. 

Mas amo estar na minha companhia.

Tenho necessidade de momentos só comigo.

Alguns chamam isso de egoísmo e solidão, eu chamo de amor próprio.

Porque é sempre durante a noite que os pensamentos chegam aceleradamente...

Desordenados.

Desarrumados.

Aglomerados.

Se eu pudesse simplesmente desligar e acordar sem nenhuma lembrança, sem nenhuma saudade, sem nada que pudesse me lembrar você, talvez eu conseguiria ser um pouco mais feliz.

Me descortino e transbordo.

Você quer me ensinar o que é equilíbrio, quando nem você mesmo sabe. 

Por isso meu jovem, te digo com propriedade: " prefiro os loucos autênticos aos camuflados."

Fui várias, antes de me tornar o que sou hoje.

E depois de tantas dúvidas, desencontros e reencontros, me aceito como sou. 

Meu lugar no mundo quem define sou eu!

E então, é assim que eu me viro.

Me faço de forte, quando na verdade quero colo.

Queria te falar tanta coisa, mas silencio.

E saio da sua vida, mesmo querendo ficar.

Eu vou apagando as lembranças, preenchendo os meus dias e em pouco tempo minha vida já estará cheia de novidades, de outras coisas, de outras pessoas...